Câmara Municipal de Yamanashi Determina Taxa para Proteção do Monte Fuji
A Câmara Municipal de Yamanashi, no Japão, decidiu implementar uma taxa de entrada para o Monte Fuji, um local reconhecido como patrimônio da UNESCO, com o intuito de proteger o meio ambiente da área. A partir do verão de 2025, turistas e caminhantes que desejarem escalar a montanha precisarão pagar para utilizar um dos quatro principais caminhos de acesso.
Nova Taxa de Entrada
Com a aprovação de um novo projeto de lei na segunda-feira, será cobrada uma taxa de 4.000 ienes (cerca de 24,70 euros) durante a alta temporada, que vai de julho a setembro. Essa medida surge em resposta ao aumento significativo no número de visitantes, que tem causado problemas relacionados à poluição e à segurança na região.
No verão de 2024, os turistas já enfrentaram uma taxa de 2.000 ienes (aproximadamente 12,35 euros) para utilizar o caminho Yoshida, o mais popular entre os visitantes. A localização acessível, próxima a Tóquio, e a disponibilidade de cabanas ao longo do percurso são alguns dos fatores que tornam essa trilha bastante frequentada.
Medidas para Preservação do Ambiente
O governo da província de Yamanashi, responsável pela gestão das atividades de caminhada no Monte Fuji, considera essencial estabelecer essa taxa como uma forma de conservar o ambiente natural. Além disso, há um limite diário de 4.000 pessoas permitido no caminho Yoshida, que visa reduzir o congestionamento e minimizar o impacto ambiental.
Com o aumento da taxa, o valor cobrado para percorrer o famoso caminho dobrou, passando a ser aplicado também em outros três trajetos que, até o momento, eram gratuitos. A arrecadação gerada será utilizada para construir abrigos ao longo do caminho, que servirão em situações de erupções vulcânicas, além de garantir a manutenção adequada das trilhas.
Desde 2014, os alpinistas que escalam a montanha são incentivados a contribuir voluntariamente com 1.000 ienes (cerca de 6,20 euros) para ajudar na conservação do local.
Resultados das Restrições de Turismo
As medidas implementadas no ano anterior demonstraram sucesso, com a redução do número de visitantes que escalam o Monte Fuji, caindo de 221.322 em 2023 para 204.316, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente do Japão.
Em uma ação paralela, a cidade de Fujikawaguchiko, que enfrenta problemas semelhantes com o excesso de turistas, construiu uma cerca de 20 metros de comprimento e 2,5 metros de altura para bloquear a vista do Monte Fuji, em resposta ao incômodo causado pelo aumento do fluxo turístico. Essa medida foi tomada após diversos incidentes de lixo deixado no local e desrespeito às regras de trânsito.
Embora a cerca tenha sido removida em agosto por precaução, devido à previsão de um tufão, as autoridades decidiram não reinstalá-la, uma vez que cumpriu seu propósito de controlar o turismo indesejado. No entanto, foi alertado que a medida poderá ser reavaliada se o número de visitantes aumentar novamente.
Assim, as iniciativas visam não apenas proteger o meio ambiente do Monte Fuji, mas também garantir que a experiência dos visitantes seja segura e agradável, respeitando o patrimônio natural e cultural da região.