O teste ergométrico é um exame que o cardiologista pede para entender como está o coração e a respiração quando a pessoa faz esforço físico. Ele é importante para detectar problemas, como dor no peito, isquemia e arritmias.
Esse teste, também chamado de teste de esforço, é realizado numa esteira ou numa bicicleta ergométrica e permite aumentar a intensidade aos poucos, dependendo de como a pessoa se sente. O exame simula situações do dia a dia que podem causar falta de ar, como subir escadas ou subir ladeira, especialmente em quem tem risco de problemas no coração.
O objetivo principal do teste ergométrico é verificar como estão o coração e a respiração sob estresse físico. Durante o exame, é possível avaliar se surgem alterações cardíacas ou se aparecem sintomas como palpitações, dor no peito durante esforço e tontura.
Além disso, o exame é útil para monitorar a capacidade cardiorrespiratória de atletas ou pessoas começando na atividade física.
O teste é indicado quando a pessoa tem problemas, como doença arterial coronariana, arritmias cardíacas, pressão alta, sopro ou defeitos nas válvulas do coração, isquemia miocárdica ou distúrbios na hemodinâmica. Ele ajuda os médicos a compreender como o paciente responde a tratamentos para doenças do coração.
Para fazer o teste, são colocados 11 eletrodos no tórax e um aparelho para medir a pressão no braço. Depois, a pessoa caminha ou corre na esteira ou pedala na bicicleta por cerca de 8 a 12 minutos. A velocidade é aumentada aos poucos. Os sinais dos eletrodos são analisados pelo médico em um computador, que verifica qualquer mudança no ritmo e frequência cardíaca, além das variações na pressão arterial.
Para se preparar para o teste, algumas recomendações devem ser seguidas:
– Não fazer exercícios 24 horas antes do exame.
– Dormir bem na noite anterior.
– Não fazer jejum; pode-se comer alimentos leves, como iogurte, maçã ou arroz, 2 horas antes do teste.
– Não fumar 2 horas antes e 1 hora depois do exame.
– Evitar cafeína como café ou chá preto nas 2 horas que antecedem o exame.
– Levar uma lista dos medicamentos em uso.
Use roupas confortáveis e tênis e evite passar cremes ou pomadas no peito antes do exame. Às vezes, pode ser necessário fazer uma depilação na área do peito para que os eletrodos adesivados funcionem bem.
O cardiologista avaliará os resultados do teste levando em consideração o histórico do paciente e o laudo do exame, que mostra como variaram a frequência cardíaca e a pressão arterial durante o esforço. Fica registrado também o traçado do eletrocardiograma e sinais que podem indicar problemas respiratórios ou cardíacos.
Se o teste indicar que há algo errado no funcionamento do coração, o médico pode solicitar outros exames, como cintilografia miocárdica ou ecocardiograma com estresse, para um diagnóstico mais preciso.
Porém, existem casos em que o teste não deve ser realizado. Pessoas que não podem andar ou pedalar, têm infecções agudas, suspeita de infarto, angina instável, arritmias não controladas, problemas graves na aorta, insuficiência cardíaca descompensada ou embolia pulmonar aguda devem evitar este exame. Também não é recomendado para gestantes, pois o esforço pode causar falta de ar ou enjoo.
É fundamental que o teste ergométrico seja indicado por um médico, que já tenha avaliado os sintomas ou usado como parte de um check-up para pessoas com risco de doenças cardíacas ou que pretendem começar a se exercitar.
Durante o teste, algumas complicações podem acontecer, como queda abrupta da pressão arterial, tontura ou desmaios. É importante saber que complicações graves são raras e que o exame é bastante seguro. Entretanto, problemas como arritmias ou até infarto podem surgir, e por isso o teste deve ser feito em locais com estrutura para atender emergências.
O teste ergométrico é uma ferramenta valiosa para a saúde do coração, ajudando a detectar problemas antes que se tornem mais sérios. Fazer esse exame periodicamente pode ser um passo importante para garantir um coração saudável.