A ooforectomia é uma cirurgia onde se remove um ou os dois ovários. Essa operação é recomendada principalmente quando há risco de câncer de ovário. Também pode ser feita para tratar problemas como abscessos, cistos ou torção nos ovários.
Na maioria das vezes, a cirurgia é realizada sob anestesia. O método mais comum é a videolaparoscopia, que é menos invasiva e permite uma recuperação mais rápida. Mas em algumas situações, pode ser necessário fazer uma laparotomia, que envolve um corte maior na barriga.
O procedimento pode ser realizado por um ginecologista, que é o especialista indicado para esse tipo de cirurgia. Uma boa notícia é que a ooforectomia é oferecida de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de indicação médica. Também é possível fazer a cirurgia em hospitais ou clínicas particulares.
Ao planejar a ooforectomia, o médico pedirá exames para avaliar a saúde geral do paciente e possíveis riscos cirúrgicos. É importante que a paciente converse com o médico sobre todas as dúvidas que tiver. Também deve informar sobre medicamentos que toma, eventuais alergias ou outros problemas de saúde que tenha.
Antes de passar pela cirurgia, a paciente deve fazer um jejum de cerca de 8 horas e comer algo mais leve e líquido nos dias anteriores ao procedimento. Essa preparação ajuda a garantir uma cirurgia mais segura.
### Quando a Ooforectomia é Indicada
A ooforectomia pode ser recomendada em diversas situações:
– Para tratar câncer de ovário;
– Em casos de abscessos tubo-ovarianos;
– Quando há endometriose no ovário ou endometrioma;
– Para a remoção de cistos ou tumores benignos;
– Em caso de teratomas ovarianos;
– Caso de torção do ovário;
– Em situações de necrose;
– Para criopreservação de tecido ovariano.
Além dessas condições, alguns médicos indicam a ooforectomia profilática, que tem o objetivo de prevenir o câncer em mulheres que têm histórico familiar relacionado ou que possuem mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
### Preparação para a Cirurgia
Para se preparar, o médico fará uma avaliação detalhada e pedirá exames de sangue. É importante que a paciente tenha uma conversa franca sobre seu estado de saúde. Informações sobre medicamentos ou suplementos em uso e quaisquer alergias são fundamentais para garantir uma cirurgia segura.
### Como a Cirurgia é Realizada
Um ginecologista especialista é o responsável por realizar a ooforectomia no hospital. O método mais comum é a videolaparoscopia. Nessa técnica, o médico faz pequenos cortes na barriga e utiliza instrumentos especiais para realizar a cirurgia.
Os passos para a videolaparoscopia incluem:
1. Limpar a área abdominal com antisséptico;
2. Realizar três pequenos cortes, onde serão inseridos instrumentos e uma microcâmara;
3. Introduzir gás carbônico para expandir a barriga e facilitar a visualização;
4. Usar a microcâmara para ver os ovários e órgãos pélvicos em um monitor;
5. Retirar um ou ambos os ovários;
6. Fechar os cortes e fazer curativos.
Embora a laparotomia, que é o corte maior, possa ser usada, a videolaparoscopia é preferida por causa da recuperação mais rápida e menor risco de complicações.
### Tipos de Ooforectomia
Existem diferentes tipos de ooforectomia, e a escolha do tipo vai depender da condição clínica que a paciente apresenta. O ginecologista analisará caso a caso para indicar o melhor tratamento.
### Recuperação Após a Cirurgia
Depois da ooforectomia, se apenas um ovário for retirado, a paciente geralmente não sente muitos efeitos imediatos, pois o outro ovário ainda produz hormônios. Porém, é essencial que a paciente siga consultas regulares com o médico para monitorar os níveis hormonais.
No caso da remoção de ambos os ovários, a paciente entra em menopausa, já que os ovários são os responsáveis pela produção de estrogênio. A avaliação dos riscos e benefícios da cirurgia deve ser feita entre a paciente e seu médico para escolher a melhor abordagem, especialmente para mulheres que ainda não estão na menopausa ou que desejam ter filhos.
### Riscos da Ooforectomia
Como toda cirurgia, a ooforectomia tem seus riscos:
– A infecção pode ocorrer no local da cicatriz;
– É possível haver sangramentos;
– Lesões em vasos sanguíneos ou nervos são riscos reais;
– Lesões no ureter podem acontecer em algumas situações;
– Formação de coágulos no sangue é outra complicação a se considerar;
– Em casos raros, pode haver a ruptura de tumores, liberando células cancerígenas;
– Reações alérgicas à anestesia também são possíveis;
– A remoção dos dois ovários pode levar à infertilidade.
Outro risco a se atentar é a síndrome do ovário remanescente, que pode causar dor na pelve. Isso ocorre quando parte do tecido ovariano fica, seja por uma remoção incompleta, aderências ou pela técnica cirúrgica utilizada.
Assim, é essencial manter um diálogo aberto com o médico antes da cirurgia e ao longo do processo de recuperação.