O nistagmo é um movimento involuntário e repetitivo dos olhos, que pode ocorrer mesmo com a cabeça parada. Isso pode trazer alguns desconfortos, como dificuldade para focar em objetos, visão borrada, náuseas, vômitos e problemas de equilíbrio.
O nistagmo pode fazer com que os olhos se movam de um lado para o outro ou de cima para baixo. Em adultos, essa condição pode ser causada por várias questões de saúde, como esclerose múltipla, labirintite, AVC ou até estrabismo. Além disso, algumas pessoas podem ter isso desde o nascimento, devido a catarata congênita ou problemas no desenvolvimento do nervo óptico.
Para diagnosticar o nistagmo, é fundamental consultar um oftalmologista. Ele vai avaliar os movimentos dos olhos e os sintomas que o paciente relata. Com base nisso, o médico determina o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de medicamentos ou até cirurgia.
Os movimentos dos olhos no nistagmo podem ser de cima para baixo, de baixo para cima, ou de um lado para o outro. É comum que a pessoa incline a cabeça na tentativa de conseguir enxergar melhor.
Sintomas do Nistagmo
Os sintomas mais comuns do nistagmo incluem:
- Movimentos involuntários dos olhos, que podem ser rápidos ou lentos.
- Visão embaçada ou trêmula.
- Sensibilidade aumentada à luz.
- Dificuldade para enxergar à noite.
- Problemas para focar em objetos.
- Diminuição da percepção de profundidade.
- Dificuldade de coordenação e equilíbrio.
- Tontura e náuseas.
Quando alguém tem nistagmo, a movimentação dos olhos pode levar a pessoa a inclinar a cabeça para buscar uma melhor visão.
Como Confirmar o Diagnóstico
O diagnóstico do nistagmo é feito pelo oftalmologista por meio da observação dos sintomas e dos movimentos oculares. Exames como eletro-oculografia e video-oculografia ajudam a observar esses movimentos em tempo real.
É importante fazer uma consulta com um oftalmologista para entender melhor a sua visão. O médico pode também realizar outros exames para olhar mais de perto as condições dentro do olho e analisar se há problemas no nervo óptico ou na retina.
Ele pode ainda pedir que um neurologista faça uma avaliação para verificar se há doenças neurológicas que possam estar causando o nistagmo. Exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, também podem ser solicitados.
Causas do Nistagmo
O nistagmo pode ser classificado como adquirido, quando surge em adultos, ou congênito, que é quando está presente desde o nascimento, geralmente em bebês a partir de 3 a 6 meses. Algumas das causas mais comuns são:
- Problemas no desenvolvimento do nervo óptico e controle dos movimentos oculares na infância.
- Distúrbios na retina ou no nervo óptico, como atrofias.
- Alterações oculares, como estrabismo, miopia, astigmatismo, catarata e até tumores.
- Doenças como neurossífilis, labirintite e Síndrome de Meniére.
- Alterações neurológicas provenientes de tumores ou traumas na cabeça.
- Acidente Vascular Cerebral (AVC).
- Consumo excessivo de álcool.
- Efeitos colaterais de medicamentos, como lítio e anticonvulsivantes.
- Deficiências nutricionais, por exemplo, falta de vitamina B12.
Além disso, pessoas que têm Síndrome de Down ou albinismo têm mais chances de desenvolver nistagmo.
Tipos de Nistagmo
O nistagmo pode ser classificado de várias maneiras com base nos movimentos oculares:
- Nistagmo horizontal: Os olhos se movem de um lado para o outro, horizontalmente.
- Nistagmo vertical: Os movimentos vão de cima para baixo ou vice-versa.
- Nistagmo optocinético ou pendular: Ocorre um movimento que pode ser vertical, horizontal ou em torção, geralmente em resposta a objetos em movimento.
- Nistagmo rotacional: Os olhos fazem movimentos circulares.
Variações incluem:
- Nistagmo fisiológico: É um movimento normal que ocorre para focar imagens quando a cabeça é movida.
- Nistagmo patológico: Esse tipo acontece mesmo com a cabeça parada, sugerindo problemas no sistema vestibular que regula o equilíbrio ocular.
Outro tipo é o nistagmo spasmus nutans, que aparece em crianças de 6 meses a 3 anos, caracterizado por movimentos pendulares e inclinação da cabeça. Esse geralmente melhora entre 5 e 12 anos sem necessidade de tratamento.
Tratamento do Nistagmo
O tratamento do nistagmo deve ser orientado pelo oftalmologista, com a intenção de reduzir os movimentos involuntários dos olhos. Dependendo da causa, o médico pode prescrever medicamentos, como gabapentina, baclofeno, memantina ou fampridina. Em casos de deficiências nutricionais, podem ser recomendados suplementos vitamínicos.
Além disso, o uso de óculos ou lentes de contato pode ser sugerido para corrigir problemas de visão que estejam contribuindo para o nistagmo. E em situações mais graves, onde os movimentos não param e atrapalham bastante, pode ser feita uma cirurgia para mudar a posição dos músculos que controlam o movimento do olho, ajudando a melhorar a visão.
O importante é seguir as orientações do médico e fazer os acompanhamentos necessários para que a qualidade de vida do paciente não seja prejudicada por conta do nistagmo.
