Mononucleose: O que você precisa saber
A mononucleose, conhecida popularmente como "doença do beijo", é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr. Ele é facilmente transmitido pela saliva e pode provocar sintomas como febre alta, dor de garganta, placas brancas na garganta e ínguas no pescoço.
Esse vírus pode infectar qualquer pessoa, mas os sintomas aparecem mais em adolescentes e adultos. As crianças, em geral, não costumam mostrar sinais e, por isso, não precisam de tratamento. Apesar de não ter um tratamento específico, a mononucleose é curável e os sintomas podem desaparecer em 1 a 2 semanas.
O principal cuidado para quem está com a doença é descansar bastante, se hidratar e tomar remédios que ajudem a aliviar os sintomas. Isso ajuda a pessoa a se recuperar mais rápido.
Sintomas de mononucleose
Os sintomas da mononucleose incluem:
- Febre alta;
- Dor de garganta;
- Placas esbranquiçadas na boca, língua ou garganta;
- Ínguas no pescoço;
- Dor de cabeça constante;
- Cansaço extremo;
- Mal-estar geral.
Esses sintomas podem surgir entre 3 a 6 semanas após o contato com o vírus. Mas isso pode variar conforme a saúde da pessoa e a resistência do seu sistema imunológico.
É importante lembrar que os sintomas de mononucleose podem ser confundidos com os de um resfriado ou gripe. Se os sinais persistirem por mais de 2 semanas, vale a pena procurar um médico para uma avaliação mais precisa.
Confirmação do diagnóstico
O diagnóstico de mononucleose deve ser feito por um médico, que avaliará os sintomas e fará um exame físico. Em alguns casos, exames laboratoriais são necessários, especialmente se os sintomas não forem claros ou para diferenciar de outras doenças.
Testes como dosagem de anticorpos específicos no sangue ou um hemograma podem ser pedidos para confirmar a presença do vírus.
Transmissão da mononucleose
A mononucleose é super contagiosa e se espalha facilmente entre as pessoas. Os principais modos de transmissão incluem:
- Saliva: o beijo é a forma mais comum de contágio, por isso a doença é apelidada de "doença do beijo";
- Inalação de gotículas de saliva liberadas em espirros ou tosses.
Compartilhar copos ou talheres com alguém infectado também pode levar a contrair a doença.
É grave?
Em geral, a mononucleose não é uma doença grave, principalmente para quem tem um sistema imunológico saudável. No entanto, pode ser mais complicada para pessoas com imunidade baixa, que têm mais dificuldade em combater o vírus. Complicações como inflamações no cérebro ou na medula espinhal podem ocorrer, mas são raras.
Tratamento da mononucleose
Não existe um tratamento específico que cure a mononucleose, já que o corpo possui o poder de eliminar o vírus Epstein-Barr. O médico pode indicar algumas medidas:
- Repouso: descansar é fundamental por 1 a 2 semanas, ou conforme orientação médica.
- Hidratação: beber bastante água, chás ou sucos naturais é essencial para a recuperação.
- Evitar esportes de contato: não praticar atividades físicas que possam causar lesões no baço após o início dos sintomas.
- Uso de analgésicos e antipiréticos: medicamentos como paracetamol ou dipirona ajudam a controlar a febre e a dor.
- Anti-inflamatórios: podem ser prescritos para aliviar a dor de garganta e reduzir as ínguas.
Se houver infecções secundárias, como amigdalite, antibióticos poderão ser necessários.
Complicações da mononucleose
Embora a maioria dos casos de mononucleose seja leve, existem complicações que podem acontecer, especialmente se o tratamento não for seguido ou a pessoa tiver o sistema imunológico comprometido.
As complicações mais comuns incluem:
- Inflamação do fígado;
- Aumento do baço, o que pode causar sua ruptura.
Quando isso acontece, a pessoa pode sentir dores fortes na barriga e notar inchaço no abdômen. Nesses casos, procurar um médico é crucial para o tratamento adequado.
Complicações mais raras, mas que podem acontecer, são anemia, inflamação do coração ou até infecções no sistema nervoso central, como meningite. Portanto, sempre que houver suspeita de mononucleose, o melhor caminho é consultar um médico.
Cuidar da saúde é sempre essencial, e ao notar sintomas que se prolongam, um check-up pode fazer toda a diferença.