A meningoencefalite é a inflamação do cérebro e das meninges, que são as membranas que envolvem o sistema nervoso central. Ela pode causar diversos sintomas como dor de cabeça forte, febre alta, náusea, e dificuldades para falar. Além disso, a pessoa pode ficar desorientada, apresentar mudanças de comportamento e, em casos mais graves, ter convulsões.
Essa inflamação acontece quando infecções causadas por vírus, bactérias, fungos ou parasitas atingem o sistema nervoso central. O tratamento da meningoencefalite deve ser iniciado rapidamente, e é essencial que seja um infectologista ou neurologista a cuidar do caso. O objetivo aqui é combater o agente infeccioso e evitar que a situação piore, o que pode colocar a vida da pessoa em risco.
Os principais sintomas da meningoencefalite incluem dor de cabeça, rigidez no pescoço, febre, náuseas ou vômitos, e sensibilidade à luz. Algumas pessoas também ficam extremamente sonolentas ou cansadas e podem apresentar confusão mental. Outros sinais são dificuldade para engolir e alterações no comportamento ou na personalidade, como alucinações e convulsões.
Se você perceber esses sintomas, é importante buscar ajuda médica imediatamente. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de um tratamento eficaz.
Para chegar ao diagnóstico de meningoencefalite, o médico analisa os sintomas e o histórico de saúde da pessoa. Exames físicos, neurológicos, laboratoriais e de imagem são realizados. Exames como tomografia e ressonância magnética são comuns, além de eletroencefalogramas e exames de sangue.
Um dos exames mais determinantes é a punção lombar, que consiste em coletar o líquido cefalorraquidiano. Esse líquido envolve o cérebro e a medula e sua análise ajuda a identificar a origem da infecção.
A meningoencefalite pode ser causada por diferentes agentes. Os vírus são os principais culpados, mas também pode ser desencadeada por bactérias, fungos e parasitas, que provocam a inflamação. Em muitos casos, isso ocorre quando o agente infeccioso consegue acessar o sistema nervoso e se multiplicar. Isso pode ser resultado de uma meningite viral ou pode surgir algumas semanas após uma infecção ou vacinação.
Identificar a causa da meningoencefalite é fundamental para que o tratamento correto seja indicado pelo médico. Agora vamos conhecer alguns tipos de meningoencefalite.
Um deles é a meningoencefalite herpética, que surge devido ao vírus Herpes simplex, que causa labiais, por exemplo. Esse tipo surge quando o vírus, que fica adormecido em alguns nervos, é reativado, especialmente quando o sistema imunológico da pessoa está debilitado.
Outro tipo é a meningoencefalite viral. Essa pode ser causada por vários outros vírus como enterovírus, varicela zoster, adenovírus e outros. A meningoencefalite bacteriana, por sua vez, é mais grave e pode ser causada por bactérias como Mycoplasma pneumoniae e Listeria monocytogenes. Nesses casos, as complicações podem ser fatais se não tratadas rapidamente.
Temos também a meningoencefalite amebiana primária, causada pela ameba Naegleria fowleri, conhecida como “ameba come-cérebros”. Essa ameba é encontrada em águas doces contaminadas e pode entrar no corpo pela mucosa do nariz. As formas de meningoencefalite parasitária incluem outras amebas e parasitas, como Toxoplasma gondii.
Além disso, a meningoencefalite fúngica, que é provocada por fungos como Cryptococcus neoformans, ocorre mais frequentemente em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como nos casos de HIV ou tratamento de câncer.
O tratamento para meningoencefalite deve ser feito sob a orientação de um especialista e varia de acordo com a causa. Os medicamentos incluem antivirais, antibióticos e antifúngicos, dependendo do agente causador. Em casos de meningoencefalite amebiana primária, são usados também antiparasitários.
Em adição a esses medicamentos, outros podem ser utilizados para controlar os sintomas, como anticonvulsivantes para quem tiver convulsões, analgésicos para a dor, ou até corticosteroides para diminuir a pressão intracraniana.
De maneira geral, o tratamento costuma ser realizado em ambiente hospitalar, permitindo que os médicos monitorem a situação e garantam que a infecção seja eliminada. Assim, é possível prevenir complicações e aliviar os sintomas.
As complicações mais sérias da meningoencefalite ocorrem principalmente nos casos mais graves ou quando o tratamento não acontece a tempo. Isso pode resultar em danos no cérebro, problemas de coordenação motora, dificuldade para falar e até coma, colocando a vida da pessoa em risco.
Se a pessoa se recuperar, é possível que algumas sequências apareçam, como dificuldades de memória e atenção, problemas na coordenação ou alterações de personalidade e convulsões. Portanto, é fundamental estar atento aos sintomas e buscar ajuda rapidamente.