A fissura anal é uma pequena rachadura ou ferida que aparece no ânus. Ela causa sintomas como dor, desconforto, sangramentos leves e ardência durante as evacuações. Essas experiências podem ser bem incômodas e afetar o dia a dia da pessoa.
Essa condição geralmente é provocada pela passagem de fezes muito secas e duras, o que pode ocorrer em situações de prisão de ventre. Outras causas incluem diarreias intensas, relações sexuais sem cuidado na região anal, ou até cirurgias feitas na área.
Quando o assunto é tratar a fissura anal, é fundamental consultar um médico. Esse profissional pode ser um proctologista, um gastroenterologista ou até um clínico geral. O tratamento pode incluir o uso de pomadas, práticas de higiene adequada, adequações na dieta e até medicamentos como laxantes ou analgésicos. Em casos mais sérios, pode ser necessária uma cirurgia.
Os sintomas de fissura anal são da seguinte forma:
- Dor intensa ao evacuar;
- Ardência ou queimação durante a evacuação e urinação;
- Presença de sangue nas fezes ou no papel higiênico;
- Coceira na região do ânus.
Além disso, ao fazer a higiene, é comum sentir um pequeno corte na pele ao redor do ânus, que o médico pode confirmar durante a consulta.
Para quem está curioso sobre os sintomas, existe a possibilidade de fazer um teste online que ajuda a indicar a chance de ter fissura anal, mas é importante lembrar que esse teste não substitui a consulta com o médico.
Para confirmar o diagnóstico, o médico irá analisar os sintomas, o histórico de saúde e hábitos intestinais do paciente, além de realizar um exame físico na região anal. Caso seja necessário, ele pode solicitar exames como a anuscopia ou colonoscopia para visualizar melhor a fissura.
Existem diferentes tipos de fissura anal. Vamos dar uma olhada em cada um deles:
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Fissura anal aguda: Surge de maneira rápida e é mais superficial. Dura de 6 a 8 semanas e normalmente melhora com o tratamento inicial indicado. Ela causa dor intensa ao evacuar e pode haver sangramentos.
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Fissura anal crônica: Essa fissura aguarda mais de 8 semanas para cicatrizar, é bem mais profunda e não responde a tratamentos comuns. O médico pode sugerir o uso de pomadas específicas, injeção de botox ou até cirurgia.
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Fissura anal primária: Geralmente acontece devido a traumas a região, como fezes muito duras. Nesse caso, a prevenção é essencial para evitar que a fissura se repita.
- Fissura anal secundária: Normalmente surge em consequência de outras condições de saúde, como doenças inflamatórias intestinais ou infecções sexualmente transmissíveis.
As causas da fissura anal podem ser diversas, entre elas estão:
- Esforço excessivo ao evacuar;
- Prisão de ventre crônica ou diarreia persistente;
- Doenças como colite ulcerativa e doença de Crohn;
- Relações sexuais anais sem lubrificação;
- Histórico de cirurgias na região anal;
- Câncer anal.
É importante destacar que a fissura anal também pode aparecer após o parto ou devido a infecções sexualmente transmissíveis, como herpes, HIV e sífilis, entre outras.
O tratamento para fissura anal deve ser sempre orientado por um médico e varia conforme a gravidade. Algumas opções incluem:
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Banho de assento: Tomar banhos com água morna pode ajudar a aliviar a dor e ardência associadas à fissura. Esses banhos podem durar de 5 a 20 minutos, especialmente após as evacuações.
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Higiene íntima: Manter uma boa higiene é essencial para evitar infecções que dificultam a cicatrização da fissura. Lave a região anal com água e sabonete neutro após evacuar e seque com uma toalha macia.
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Alterações na dieta: Mudar a alimentação para incluir mais fibras e água ajuda a amolecer as fezes, prevenindo a prisão de ventre e outros desconfortos. Um intestino saudável também ajuda a prevenir novas fissuras.
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Evitar esforço excessivo: É importante evitar se esforçar para evacuar e não ficar muito tempo sentado no vaso sanitário. Esse esforço pode aumentar a pressão na região e piorar os sintomas.
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Pomadas para fissura anal: Existem diferentes tipos de pomadas que ajudam a aliviar os sintomas, como pomadas anestésicas e anti-inflamatórias, bloqueadoras de cálcio para relaxar o esfíncter anal e vasodilatadoras para melhorar a circulação na região.
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Medicamentos: O médico pode prescrever analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno para aliviar dores mais intensas. Além disso, laxantes emolientes podem ser recomendados para facilitar a evacuação.
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Injeção de botox: Essa opção é usada em casos de fissura crônica para relaxar os músculos ao redor da fissura, ajudando a diminuir a dor.
- Cirurgia: Se as opções anteriores não ajudarem, a cirurgia pode ser necessária, especialmente em fissuras crônicas recorrentes. O médico pode realizar um corte pequeno no músculo do esfíncter anal para aliviar a pressão e permitir a cicatrização.
Além disso, práticas de autocuidado são essenciais. É importante fazer a higiene correta, tomar banhos de assento, beber bastante água e evitar ficar sentando por muito tempo no vaso. Praticar exercícios físicos regularmente também ajuda a manter o intestino ativo.
Se após esses cuidados a fissura anal não melhorar, é importante retornar ao médico para avaliação de outras opções de tratamento.