A entesopatia é a inflamação que ocorre na região onde os tendões se conectam aos ossos, chamada de entese. Isso pode resultar em dor no local, rigidez nas articulações e até aumento da temperatura na área afetada.
É mais comum acontecer no tendão de Aquiles, mas a entesopatia pode aparecer em outras partes do corpo, como quadris, joelhos e coluna. Fatores como artrite reumatoide, artrite psoriática ou gota podem causar essa condição.
O tratamento da entesopatia, também conhecida como entesite, deve ser feito por um ortopedista ou reumatologista. Esses especialistas podem prescrever medicamentos para aliviar a inflamação e os sintomas, além de recomendar fisioterapia ou, em casos mais graves, cirurgia.
Os principais sintomas incluem inchaço e rigidez nas articulações, sensibilidade na região, dor localizada e aumento da temperatura no local. Esses problemas limitam o movimento da articulação afetada, principalmente no tendão de Aquiles, que é conhecido como entesopatia do calcâneo.
Além do mais, a entesopatia pode afetar regiões do corpo que possuem tendões, como coluna, ombros, cotovelos, punhos, joelhos e quadris. Outro ponto a ser destacado é que essa condição pode levar à formação de entesófitos, que são calcificações nos tendões e novas formações ósseas, como o famoso esporão.
A dor causada por entesopatia pode variar bastante. Algumas pessoas sentem apenas um desconforto, enquanto outras podem ter dor intensa que atrapalha a movimentação da articulação afetada.
Para confirmar o diagnóstico, o médico vai avaliar os sintomas, o histórico de saúde e realizar um exame físico na região afetada. Além disso, exames de imagem, como raio-X, ultrassom ou ressonância magnética, podem ser solicitados para ajudar no diagnóstico.
As principais causas de entesopatia são variados. Inclusive, atividades que exigem muito da articulação, traumas ou lesões durante exercícios, artrite reumatoide e psoriática, espondilite anquilosante, além da gota, estão entre os principais responsáveis pela inflamação.
Vale lembrar que, quando a entesopatia é causada por doenças autoimunes, tende a surgir em mais de uma articulação simultaneamente.
Os tipos mais comuns de entesopatia incluem:
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Entesopatia do quadríceps: Essa forma afeta a área que conecta o tendão do joelho aos ossos, causando dor, rigidez e inchaço na região. Geralmente, é causada por práticas esportivas, como corrida, ou por doenças inflamatórias.
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Entesopatia lombar: Essa forma atinge a coluna lombar, causando dor e rigidez nas costas. Pode ser provocada por doenças autoimunes ou desgaste natural dos tendões com o tempo.
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Entesopatia no quadril: Geralmente, afeta os tendões do glúteo, resultando em dor nas nádegas e dificuldade para se mover. Atletas e pessoas que ficam muito tempo sentadas estão mais propensas.
- Entesopatia do calcâneo: Também chamada de entesite calcânea, essa forma envolve o tendão de Aquiles e causa dor no calcanhar, especialmente ao andar.
O tratamento da entesopatia deve ser sempre orientado por um médico profissional. O foco é aliviar os sintomas e reduzir a inflamação local. As principais abordagens incluem:
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Repouso: Para quem pratica atividades físicas com frequência, o médico pode recomendar um tempo de descanso. Isso ajuda a aliviar a dor e a inflamação, embora exercícios de baixo impacto, como natação, possam ser encorajados.
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Compressas frias: Aplicar compressas frias na área afetada pode ajudar a diminuir a inflamação e aliviar a dor. Isso pode ser feito com gelo envolto em um pano, colocado na região por 15 a 20 minutos algumas vezes ao dia.
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Remédios: Anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno, são comumente utilizados para diminuir a dor e a inflamação. A orientação do médico sobre a duração do uso é fundamental.
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Fisioterapia: Essa é uma alternativa eficaz e pode incluir exercícios de alongamento e fortalecimento, além de técnicas como ultrassom e laser, que ajudam a reduzir a dor e aceleram a cicatrização.
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Barbotage: Essa técnica é indicada principalmente para entesopatias que envolvem calcificação. Consiste em injeções e aspirações de solução salina no tendão, guiadas por ultrassom.
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Plasma rico em plaquetas: Na recuperação, o médico pode usar uma injeção contendo plasma do próprio paciente para ajudar na cicatrização do tendão.
- Cirurgia: Em casos mais sérios, quando outras opções de tratamento não funcionam, pode ser necessária a cirurgia.
É importante seguir as orientações médicas e não subestimar os sintomas. Buscar tratamento adequado é crucial para evitar problemas maiores no futuro e garantir a recuperação completa da função da articulação afetada.