Doenças venéreas, também chamadas de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), são doenças transmitidas durante relações sexuais sem proteção, sejam elas vaginais, anais ou orais. Muitas vezes, uma pessoa pode ter a infecção sem perceber, já que não apresenta sinais visíveis, mas ainda pode repassar a doença para o parceiro.
Identificar essas infecções nas fases iniciais é crucial. Isso aumenta as chances de um tratamento eficaz e rápido, levando à cura. Também é essencial que ambos os parceiros façam o tratamento juntos, pois, mesmo sem sintomas, a infecção pode ser transmitida novamente.
Principais doenças venéreas
Aqui estão algumas das doenças venéreas mais comuns:
1. HIV
O HIV é uma infecção que pode ser transmitida facilmente através de relações sexuais sem proteção. O vírus também pode passar por contato com o sangue de uma pessoa infectada, pelo compartilhamento de seringas ou de mãe para filho durante a gestação ou amamentação.
Sintomas principais: dor de cabeça, febre leve, suor noturno, gânglios inchados, feridas na boca, cansanço e dor de garganta. Esses sintomas podem aparecer de 2 a 4 semanas após a infecção.
Tratamento: feito com antirretrovirais, sob orientação médica, e sempre usando preservativo nas relações para evitar novas transmissões.
2. Gonorreia
A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode ser tratada, mas se tornar mais complicada se a infecção for resistente, conhecida como supergonorreia.
Sintomas principais: dor ou ardor ao urinar, corrimento de cor amarelada, sangramento fora do ciclo menstrual, especialmente em mulheres.
Tratamento: envolve antibióticos prescritos pelo médico, como azitromicina ou ceftriaxona, e o uso de preservativos em todas as relações.
3. Clamídia
Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, a clamídia pode afetar pessoas de qualquer sexo que tenham relações sexuais desprotegidas.
Sintomas principais: ardor ao urinar, dor durante a relação sexual, dor na região pélvica e corrimento vaginal em mulheres.
Tratamento: deve ser orientado por um médico e geralmente envolve antibióticos. O parceiro também precisa ser tratado.
4. Sífilis
A sífilis, ou cancro duro, é causada pela bactéria Treponema pallidum, e pode não ser percebida até que esteja em um estágio avançado.
Sintomas principais: ferida pequena e indolor nas genitálias que aparece cerca de 3 semanas após o contato.
Tratamento: feito com antibióticos injetáveis, como a penicilina, e o parceiro também deve ser tratado.
5. Linfogranuloma venéreo (LGV)
Essa infecção é mais comum nos homens e é causada pela mesma bactéria da clamídia.
Sintomas principais: feridas ou caroços na região genital, febre e mal-estar.
Tratamento: envolve antibióticos, com foco em manter a higiene íntima e uso de preservativos.
6. HPV
O HPV é uma infecção causada pelo Papilomavírus Humano, que pode causar verrugas genitais e, se não tratado, pode levar ao câncer cervical.
Sintomas principais: verrugas semelhantes a couve-flor na região genital, coceira e desconforto.
Tratamento: com pomadas ou cauterização para eliminar as verrugas. A proteção com preservativos é essencial.
7. Hepatite B
Transmitida por relação sexual sem proteção, essa infecção pode também ocorrer por compartilhamento de objetos pessoais.
Sintomas principais: enjoo, vômito, icterícia (pele amarelada), dor abdominal e urina escura.
Tratamento: geralmente repouso e hidratação, mas pode incluir antivirais em casos mais graves.
8. Herpes genital
Essa infecção é causada pelo vírus herpes simplex e se espalha através do contato com as bolhas.
Sintomas principais: bolhas na região genital que podem se romper e causar feridas dolorosas.
Tratamento: envolve antivirais para controlar e diminuir os surtos e as dores.
9. Ureaplasma
Causada pela bactéria Ureaplasma urealyticum, essa infecção geralmente não apresenta sintomas.
Sintomas principais: dor ao urinar e desconforto genital podem surgir se a pessoa tiver múltiplos parceiros.
Tratamento: feito com antibióticos, como azitromicina, sob orientação médica.
Como prevenir as doenças venéreas
A melhor forma de evitar as ISTs é usar sempre preservativos durante as relações sexuais. Mesmo em casos de relações sem penetração, é importante o uso, pois o contato com a mucosa pode levar à transmissão.
Além de usar preservativos, vacinas contra o HPV e hepatite B são oferecidas pelo SUS para crianças e adolescentes. Mesmo após receber todas as doses, o uso de preservativos deve continuar para garantir a proteção contra outras ISTs.
É fundamental estar atento às suas praticas e cuidar da saúde sexual. Se notar alguns dos sintomas ou suspeitar que pode ter alguma infecção, não hesite em procurar um médico. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para a cura e para evitar a propagação das doenças.