A displasia de quadril é uma condição que afeta a articulação do quadril, onde o fêmur não se encaixa corretamente no osso do quadril. Isso faz com que a articulação fique solta, prejudicando a mobilidade e podendo causar diferenças no comprimento das pernas.
Essa desordem, conhecida também como displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), ocorre por razões congênitas. Um fator comum é o posicionamento do bebê durante a gestação, como quando fica sentado a maior parte do tempo. Outras causas incluem restrição de crescimento no útero e ter um histórico familiar de displasia.
O tratamento deve ser feito por um pediatra ou ortopedista. Ele pode incluir o uso de um suspensório especial, gesso ou cirurgia, dependendo da idade da criança. A abordagem muda conforme o desenvolvimento do pequeno.
Os sinais de displasia de quadril podem variar. Os principais sintomas incluem pernas com diferentes comprimentos, cliques ou estalos no quadril, menos mobilidade numa das pernas, e assimetria nas dobras de pele. Também pode ser observado mancar ou andar na ponta dos pés.
Em algumas situações, a displasia não apresenta sintomas evidentes, e por isso é essencial levar a criança ao pediatra regularmente. Isso permitirá que o médico avalie o desenvolvimento e identifique possíveis problemas.
Nos bebês, a displasia pode ser notada através de sintomas típicos e atrasos no desenvolvimento. Se não tratada rapidamente, pode afetar a capacidade de caminhar, tornando o diagnóstico precoce fundamental.
A confirmação da displasia é feita com o pediatra ou ortopedista, que analisa os sintomas e realiza exames físicos específicos. Se necessário, o médico pode solicitar exames de imagem, como ultrassom para bebês com menos de seis meses ou raio-X para crianças mais velhas.
Os testes para verificar a displasia de quadril são geralmente feitos nos primeiros dias após o nascimento do bebê. Isso assegura um diagnóstico mais ágil e eficaz.
As principais causas de displasia do desenvolvimento do quadril envolvem fatores como histórico familiar, gênero (mais comum em meninas), baixo líquido amniótico na gravidez e bebês grandes para a idade gestacional. Além disso, a posição do bebê, como ficar na posição pélvica, pode contribuir para o problema.
A prática de envolver o bebê em cobertores de forma que as pernas fiquem estendidas também é um fator que pode levar à displasia. Portanto, é importante prestar atenção na maneira como o bebê é acomodado.
O tratamento deve ser acompanhado sempre por especialistas. O objetivo é corrigir a posição do fêmur em relação ao quadril, evitando complicações futuras. O tipo de tratamento varia conforme a idade da criança.
Para recém-nascidos e bebês até seis meses, o uso do suspensório de Pavlik é o método inicial. Ele mantém as pernas do bebê dobradas e abertas, ajudando na formação adequada da articulação do quadril. Esse suspensório deve ser usado ininterruptamente, exceto durante o banho.
Após o uso do suspensório, o médico avaliará a posição da articulação. Caso necessário, será aplicada uma imobilização com gesso. Se o bebê tiver mais de seis meses, pode ser realizada a colocação manual da articulação.
Se a displasia é identificada em crianças que já andam, o tratamento pode envolver cirurgia, já que as opções como o gesso ou o suspensório de Pavlik não são eficazes nesse estágio.
As complicações da displasia incluem diferença no comprimento das pernas, dor no quadril, artrose na juventude, e outras condições. Muitas vezes, o tratamento adequado e precoce previne que essas situações se tornem uma realidade.
Para evitar a displasia, é bom estar atento logo após o nascimento. Evitar roupas que dificultem a movimentação do bebê é fundamental. Também é importante evitar mantê-lo por muito tempo em posições que favoreçam a pressão nas pernas ou quadris.
Vale reforçar a importância de observar os movimentos do bebê. Se notar qualquer alteração na forma como ele se movimenta, é essencial avisar o pediatra. O diagnóstico precoce é a melhor forma de iniciar o tratamento correto e garantir a saúde do quadril do seu filho.