Colestase Gestacional: Entenda o que é e seus Sintomas
A colestase gestacional é uma condição que acontece durante a gravidez. Na gestação, o fígado costuma produzir bile, que ajuda na digestão das gorduras. Porém, às vezes essa bile não consegue ser liberada no intestino e acaba se acumulando no corpo. Isso pode causar sintomas chatos, como coceira intensa no corpo, fezes claras, urina escura e falta de apetite.
Esse problema geralmente se manifesta no final do segundo trimestre ou no começo do terceiro. É muito importante que a gestante relate ao obstetra qualquer sintoma que tenha, pois a colestase gestacional pode trazer complicações como parto prematuro e problemas respiratórios para o feto, além de sofrimento fetal.
Sintomas da Colestase Gestacional
Os sintomas mais comuns que podem aparecer incluem:
- Coceira intensa em todo o corpo, especialmente nas mãos e pés;
- Urina escura;
- Fezes claras ou com aparência esbranquiçada;
- Gordura nas fezes;
- Amarelamento da pele e dos olhos;
- Dor no lado direito do abdômen;
- Náuseas;
- Perda de apetite;
- Cansaço excessivo.
A coceira geralmente começa a partir do sexto mês de gestação e pode piorar durante a noite. Às vezes, podem aparecer pequenas bolinhas na pele.
Como Confirmar o Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico de colestase gestacional é feita pelo obstetra, que analisa os sinais e sintomas apresentados. O médico também faz um exame físico e revê o histórico de saúde da gestante. Além disso, exames para avaliar o funcionamento do fígado são recomendados, como os níveis de ácidos biliares no sangue e enzimas hepáticas.
Se você apresenta sintoma, agende uma consulta com um obstetra. É crucial para investigar a possibilidade de colestase e manter a saúde da gestante e do bebê.
Possíveis Causas da Colestase Gestacional
Não se sabe ao certo o que causa a colestase gestacional, mas acredita-se que uma combinação de fatores contribua para seu surgimento. Alterações hormonais comuns na gravidez, além de fatores genéticos e ambientais, podem afetar o fluxo da bile. Isso resulta em acúmulo no fígado e eventual passagem da bile para o sangue, causando os sintomas.
Quem Tem Maior Risco?
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver colestase gestacional, incluindo:
- Idade da gestante, especialmente acima dos 35 anos;
- Histórico familiar de colestase durante a gravidez;
- Gravidez de gêmeos ou múltiplos.
Além disso, quem já teve problemas como pedras na vesícula ou hepatite, pode ter um risco maior de enfrentar essa condição.
Tratamento da Colestase Gestacional
O tratamento deve ser orientado pelo obstetra e costuma focar em aliviar os sintomas e prevenir possíveis complicações no bebê. Para controlar a coceira, o médico pode indicar o uso de cremes para a pele e, em alguns casos, medicamentos como o ácido ursodesoxicólico, que reduzem a bile no sangue. Além disso, suplementos de vitamina K podem ser recomendados.
Caso o tratamento não seja eficaz, o obstetra pode sugerir o parto prematuro, geralmente entre a 37ª e 38ª semana de gestação, para minimizar o risco de complicações sérias para o bebê.
Durante a gravidez, o médico fará o monitoramento do feto com exames regulares, avaliando os batimentos cardíacos, movimentos, tônus muscular, respiração e quantidade de líquido amniótico, garantindo assim a saúde do bebê.
Riscos para o Bebê
A colestase gestacional pode acabar afetando o bebê em desenvolvimento. A bile da mãe, que contém bilirrubina, pode atravessar a placenta e se acumular no líquido amniótico e no corpo do pequeno, gerando complicações como:
- Parto prematuro;
- Problemas nos pulmões, devido à respiração do mecônio;
- Sofrimento fetal, com alterações nos batimentos cardíacos e diminuição dos movimentos do bebê;
- Morte fetal, especialmente no final da gravidez.
Por conta dos riscos, o obstetra pode recomendar uma cesariana ou a indução do parto antes das 40 semanas de gestação.
Acompanhamento Pós-Parto
Após o parto, é importante que a mulher realize um acompanhamento com o ginecologista pelas próximas 6 a 12 semanas. Isso garante que os exames do fígado-voltem ao normal e que a saúde da mulher esteja em dia.
A colestase gestacional pode ser uma experiência desafiadora, mas com o tratamento certo e acompanhamento médico, é possível gerenciar os sintomas e proteger a saúde da mãe e do bebê.
Se você está grávida e percebe alguma mudança no seu corpo, como os sintomas mencionados, não hesite em procurar um obstetra. O cuidado adequado é fundamental para garantir uma gestação saudável.