O câncer infantil é um conjunto de tumores malignos que aparece na infância e adolescência. Os sinais podem incluir dor nos ossos, febre sem causa, perda de peso inesperada, cansaço extremo e até alterações na visão. É importante ficar atento a esses sintomas.
Esse tipo de câncer pode gerar diferentes tipos de doenças, como leucemias, linfomas, e tumores no sistema nervoso central, como o retinoblastoma. Essas doenças surgem devido a alterações no DNA das células. Quando isso acontece, as células não se desenvolvem corretamente e começam a multiplicar de forma descontrolada.
O tratamento do câncer infantil é realizado por um oncologista pediátrico, também chamado de oncopediatra. Ele pode sugerir diferentes opções, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou até transplante de medula óssea. Essas escolhas vão depender do tipo de câncer e do estágio em que ele se encontra.
Os sintomas de câncer em crianças variam, mas os mais frequentes incluem febre persistente, sangramentos pela nariz ou gengivas, dor nos ossos, e inchaço em certas partes do corpo. Se uma criança apresentar ínguas que não causam dor ou dores de cabeça constantes, é bom ficar alerta. Outros sinais incluem suor noturno, tosse que não passa e perda de peso sem explicação.
Nos bebês, é possível notar um aumento no tamanho da cabeça, especialmente quando a fontanela, ou moleira, ainda não fechou, o que é comum em crianças com menos de 18 meses. Quando notar esses sintomas, leve a criança ao pediatra logo. Exames precoces são essenciais para um diagnóstico rápido, aumentando as chances de sucesso do tratamento.
O diagnóstico de câncer infantil pode ser suspeitado pelo pediatra com base nos sintomas e exame físico. O médico costuma solicitar exames de sangue, como hemogramas e marcadores tumorais. Exames de imagem, como tomografias e ultrassonografias, também são importantes. Às vezes, pode ser necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
Quando o câncer é confirmado, a criança é encaminhada a um oncologista pediátrico para iniciar o tratamento mais adequado. É sempre recomendado agir rápido, já que o início precoce do tratamento pode aumentar muito as chances de cura.
É importante destacar que os cânceres em crianças podem ser originados por exposições a radiações ou certas medicações durante a gestação. Infecções por vírus também podem estar relacionadas a alguns casos, como no linfoma de Burkitt ou no linfoma de Hodgkin.
Os principais tipos de câncer que surgem na infância incluem:
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Leucemias: Representam cerca de 30% dos casos. Afetam as células sanguíneas e começam na medula óssea, que produz glóbulos brancos.
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Tumores do sistema nervoso central: Podem aparecer no cérebro ou na medula espinhal. Os sintomas incluem dor de cabeça e vômitos.
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Linfomas: Tumores que afetam os linfócitos, células de defesa do corpo. Eles podem surgir nos linfonodos ou em outras partes.
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Neuroblastoma: Surge a partir de células nervosas imaturas, principalmente perto das glândulas suprarrenais.
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Câncer nos rins: O tumor de Wilms é o mais comum, geralmente percebido através de uma massa dura no abdômen.
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Câncer nos ossos: O osteossarcoma é o tipo mais frequente, afetando principalmente os ossos longos.
- Retinoblastoma: Um câncer raro que afeta os olhos. Pode ser notado pelo teste do olhinho no pediatra.
O tratamento, que deve ser acompanhado por um oncologista pediátrico, pode incluir radioterapia, que usa radiação para combater as células cancerígenas, e quimioterapia, que utiliza medicamentos para eliminar tumores. Cirurgias podem ser realizadas para remover os tumores, e em certos casos, pode ser necessário fazer um transplante de medula óssea.
Manter o suporte emocional é essencial para crianças passando por tratamento. Expor-se à família e amigos ajuda muito. Explicar à criança sobre o câncer, dentro de sua compreensão, é fundamental, além de assegurar que não é culpa dela.
A boa notícia é que a maioria das crianças diagnosticadas com câncer tem cura. Principalmente, se o tratamento começar cedo. Os tumores tendem a crescer mais rápido em crianças do que em adultos, mas respondem melhor ao tratamento.
Em muitos casos, os tratamentos podem ser realizados em hospitais que atendem gratuitamente. Esses hospitais oferecem uma equipe de profissionais de saúde especializados que trabalham juntos para apoiar a criança e sua família durante todo o processo.