A alopecia é uma condição que provoca a perda significativa de cabelo no couro cabeludo ou pelos em outras partes do corpo. Isso resulta na exposição da pele que antes estava coberta por cabelos, o que pode ser preocupante para muitas pessoas.
A queda de cabelo pode afetar tanto homens quanto mulheres e ocorre por diferentes motivos, como estresse, doenças autoimunes ou desregulações hormonais. Dependendo da causa, a alopecia pode ser classificada de várias maneiras, como alopecia areata, alopecia androgênica e eflúvio telógeno.
Os sintomas de alopecia incluem a perda de mais de 100 fios de cabelo diariamente. Isso pode ser notado ao acordar, ao lavar ou pentear os cabelos e até mesmo ao passar as mãos nos fios. Além disso, pode-se perceber fios mais finos ou áreas sem cabelo no couro cabeludo ou na barba.
Os sinais de alopecia não se limitam apenas à cabeça. É possível notar a queda em outras partes do corpo com pelos, como nas sobrancelhas, cílios, barba e pelos pubianos.
O diagnóstico da alopecia deve ser feito por um dermatologista, que avaliará o couro cabeludo e a pele. Em caso de dúvidas sobre a condição, é recomendável consultar um especialista. O médico pode coletar fios de cabelo ou uma amostra do couro cabeludo para uma análise detalhada, a fim de identificar a causa da alopecia.
As causas da alopecia podem ser diversas. Entre as principais, estão micoses no couro cabeludo, utilização de medicamentos, estresse, reações hormonais após o parto, uso de produtos químicos inadequados e algumas doenças como hipotireoidismo e lúpus. A falta de proteínas, ferro, biotina e zinco também pode contribuir. Além disso, certos tipos de câncer podem levar à queda de cabelo.
Existem vários tipos de alopecia, que variam conforme a causa. A alopecia areata, por exemplo, geralmente é causada por doenças autoimunes e pode resultar em queda de cabelo em locais específicos, formando placas. Já a alopecia androgenética, conhecida como calvície, se relaciona a uma resposta genética dos folículos a hormônios andrógenos. Isso provoca queda de cabelo de maneira diferente em homens e mulheres.
A alopecia por tração surge pelo hábito de fazer penteados apertados, como tranças e coques, especialmente entre mulheres. Essa condição pode gerar inflamação e sinais como vermelhidão e descamação. A alopecia frontal fibrosante atinge a parte da frente e laterais do couro cabeludo, podendo afetar também sobrancelhas, geralmente associada a questões hormonais.
O eflúvio telógeno caracteriza-se pela queda acentuada de cabelo, onde a pessoa pode perder mais de 300 fios por dia. Isso pode ocorrer em momentos de estresse ou infecções, e mais recentemente foi associado ao coronavírus. A alopecia seborreica está ligada a uma dermatite, enquanto a alopecia cicatricial é permanente, resultado de inflamações que provocam cicatrizes no couro cabeludo.
O tratamento da alopecia depende da causa, podendo incluir medicamentos, transplante capilar ou tratamentos estéticos. Medicamentos orais como finasterida e espironolactona podem ser indicados para algumas condições. Em casos mais graves de alopecia areata, o médico pode prescrever corticoides.
Os medicamentos tópicos, como minoxidil, também são utilizados para ajudar no crescimento dos cabelos e na prevenção da queda. Suplementos nutricionais, contendo vitaminas e minerais, podem ser recomendados para complementar o tratamento.
Tratamentos estéticos como carboxiterapia e mesoterapia capilar são utilizados para estimular o crescimento dos fios. O transplante capilar retira fios da própria pessoa para reimplantá-los em regiões calvas, sendo indicado em certos tipos de alopecia.
Quanto à cura, algumas formas de alopecia, como a seborreica e o eflúvio telógeno, podem ser revertidas com tratamento. Entretanto, alopecias como a areata, androgenética e frontal fibrosante não têm cura definitiva.
Para ajudar a prevenir a alopecia, é importante ter uma alimentação balanceada, rica em frutas e verduras, controlar o estresse com atividades relaxantes, evitar penteados apertados, escovar os cabelos com cuidado e diminuir o uso de produtos químicos. Abandonar o fumo também é aconselhável, já que ele inflama o corpo e o couro cabeludo.
Porém, vale lembrar que alguns tipos de alopecia, como a androgenética, são hereditários, de modo que a prevenção não é possível em todos os casos.