O HIV é o vírus da imunodeficiência humana e a sua transmissão acontece principalmente de quatro maneiras: através de relações sexuais sem proteção com pessoas infectadas, pelo compartilhamento de agulhas, da mãe para o bebê durante a gravidez ou amamentação e por contato com sangue contaminado.
No início da infecção por HIV, é comum sentir alguns sintomas, como cansaço extremo, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta, sudorese noturna e ínguas. Se não tratado, o HIV pode evoluir para a AIDS, que é a síndrome da imunodeficiência adquirida. Isso acontece porque o vírus ataca o sistema imunológico, deixando-o mais fraco e vulnerável.
O tratamento para o HIV é feito por infectologistas e inclui o uso de medicamentos antirretrovirais. Essas medicações ajudam a controlar a multiplicação do vírus, diminuindo a carga viral e evitando o progresso da doença para a AIDS.
Sintomas de HIV e AIDS
Os principais sinais de infecção pelo HIV incluem:
- Cansaço
- Dor de cabeça
- Dor na garganta
- Dores musculares e articulares
- Suor noturno
- Diarreia
- Ínguas
- Erupções na pele
- Febre baixa
Esses sintomas normalmente aparecem na fase inicial da infecção, chamada síndrome retroviral aguda. Na AIDS, os sintomas ficam mais intensos, já que o sistema imune está bem debilitado. Isso pode permitir o surgimento de outras doenças, como herpes, candidíase e algumas infecções graves.
Como se dá o aparecimento dos primeiros sintomas?
Geralmente, os primeiros sintomas do HIV surgem entre 2 a 4 semanas após a exposição ao vírus, podendo durar de alguns dias a até 10 meses.
Após essa fase aguda, o vírus pode ficar adormecido no corpo por um longo tempo, variando de 8 a 20 anos sem causar sintomas. Mas o HIV continua sendo contagioso mesmo sem que a pessoa apresente sinais da infecção.
Diferença entre AIDS e HIV
HIV e AIDS são termos que muitas vezes se confundem. É importante entender que o HIV é o vírus que causa a infecção, enquanto a AIDS é o estado avançado da doença que ocorre quando o vírus danifica o sistema imunológico. Uma pessoa pode estar com HIV, mas sem ter AIDS se estiver sob tratamento.
A AIDS não é transmissível, mas uma pessoa que tem AIDS pode transmitir o HIV a outras pessoas. Portanto, a infecção pelo HIV precisa ser tratada para evitar o avanço para a AIDS.
Diagnóstico do HIV
O diagnóstico de HIV pode ser feito por um infectologista ou clínico geral através da análise dos sintomas e do histórico de riscos da pessoa. Para confirmação, o médico pode solicitar testes rápidos de HIV ou exames de sangue, que detectam a presença de anticorpos ou do próprio vírus.
Esses testes são oferecidos em postos de saúde e hospitais, podendo ser feitos gratuitamente através do SUS. O ideal é que o teste seja realizado entre 40 e 60 dias após uma possível exposição ao vírus, pois antes disso o resultado pode não ser preciso.
O que fazer ao suspeitar de HIV
Se você suspeita que possa ter contraído o HIV, é fundamental procurar um médico para saber quando e como fazer o teste. O profissional pode indicar a profilaxia pós-exposição (PEP), que são medicamentos antirretrovirais para evitar a infecção, devendo ser iniciada até 72 horas após a exposição ao vírus.
Tipos de HIV
Existem dois tipos principais de HIV:
- HIV-1: É o tipo mais comum, responsável por cerca de 95% das infecções no mundo e possui vários subtipos.
- HIV-2: Menos comum e mais frequentemente encontrado na África Ocidental, também possui subtipos.
Esses tipos de HIV têm diferentes formas de se replicar e respondem de maneiras distintas ao tratamento. É crucial identificar qual tipo a pessoa está infectada para um tratamento adequado.
Como se contrai o HIV
O HIV pode ser transmitido através do contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, de várias formas, incluindo:
- Relações sexuais sem proteção
- Compartilhamento de seringas
- Durante a gravidez ou amamentação
- Contato direto com sangue
Transfusões de sangue contaminado também poderiam transmitir o vírus, mas hoje em dia todo sangue doado é testado para as infecções, tornando essa forma de transmissão muito rara.
Fatores de risco para transmissão
Alguns fatores aumentam as chances de transmissão do HIV:
- Carga viral alta em pessoas infectadas
- Prática de sexo anal receptivo
- Presença de outras infecções sexualmente transmissíveis
É importante lembrar que o HIV não é transmitido pelo toque, beijos ou abraços com pessoas que têm HIV.
Tratamento do HIV
O tratamento do HIV deve ser sempre feito sob supervisão médica. A terapia antirretroviral usa uma combinação de medicamentos que controlam o vírus e melhoram a saúde do paciente. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo SUS e devem ser usados durante toda a vida.
Durante o tratamento, exames regulares são necessários para monitorar a saúde, como hemogramas e testes para várias doenças infecciosas.
Como evitar a transmissão do HIV
Para prevenir a transmissão do HIV, é fundamental:
- Sempre usar camisinha durante relações sexuais
- Não compartilhar agulhas
- Evitar contato com sangue de outras pessoas
- Tratar infecções sexualmente transmissíveis
Pessoas que já vivem com HIV também devem ter cuidado para evitar novos tipos de infecção, e, em alguns casos, pode ser indicado o uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) para pessoas em alto risco.
Por que o HIV e a AIDS não têm cura?
Ainda não existe cura para o HIV porque o vírus se adapta muito rapidamente, tornando difícil para o sistema imunológico combatê-lo. Há pesquisas em andamento para encontrar uma cura, mas até agora somente um caso particular de cura foi documentado.
Além disso, uma vacina contra o HIV também está sendo estudada, mas ainda não está disponível. É importante continuar se informando e se protegendo para viver uma vida saudável com o HIV.