Os métodos contraceptivos naturais são opções para evitar a gravidez sem usar hormônios ou barreiras, como preservativos ou diafragma. Eles incluem a tabelinha, a temperatura basal e o coito interrompido. Vamos entender melhor cada um deles e como funcionam.
Esses métodos se baseiam em observar o corpo da mulher e o ciclo menstrual. Assim, é possível saber quando ela está fértil e evitar relações sexuais nesse período. Esse conhecimento pode levar até doze ciclos para se tornar mais confiável.
Apesar de serem naturais e não usarem hormônios, têm várias desvantagens. Eles não são garantidos, ou seja, a eficácia não é 100%. Além disso, não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis, o que é importante lembrar.
7 métodos contraceptivos naturais
- Método do calendário ou tabelinha
A tabelinha é um método que usa as últimas doze menstruações para prever o período fértil. É preciso calcular quando a mulher está mais propensa a engravidar. Para isso, subtrai-se 18 dias do ciclo mais curto e 11 dias do mais longo. Assim, se os ciclos variam entre 28 e 30 dias, a mulher deve evitar relações do dia 10 ao 19.
Quanto maior a variação dos ciclos, maior será o período sem relações. Mulheres com ciclos menstruais mais regulares têm mais facilidade com este método, mas ele não é muito eficaz para evitar a gravidez.
- Método da temperatura basal
Esse método se baseia na variação da temperatura do corpo da mulher, que geralmente aumenta durante a ovulação. Essa alteração pode chegar a até 2ºC. Para usar esse método, a mulher deve medir a temperatura diariamente, logo ao acordar, antes de se levantar.
É importante anotar as temperaturas em um gráfico para identificar os períodos férteis. Nos dias em que a temperatura está mais alta, é recomendado evitar relações sexuais. Contudo, fatores como estresse ou insônia podem interferir na temperatura e torná-lo menos confiável.
- Método do muco cervical
O método do muco cervical, ou método de Billings, observa as mudanças no muco vaginal. Após a menstruação, a vagina fica seca e, na ovulação, o muco se torna claro, elástico e semelhante à clara do ovo. Neste período, a mulher deve evitar relações desde o primeiro dia em que o muco aparece até três dias depois de cessar.
Esse método também é pouco eficaz, pois fatores como infecções podem alterar o muco, dificultando a análise.
- Método sintotérmico
Esse método combina a tabelinha, a temperatura basal e a observação do muco cervical. Além disso, observa sintomas comuns durante a ovulação, como dor nas mamas ou cólicas. Por reunir diferentes métodos, tende a ser mais confiável, mas ainda assim não é completamente eficaz.
- Método do coito interrompido
O coito interrompido consiste em o homem retirar o pênis da vagina antes da ejaculação, tentando evitar a gravidez. No entanto, mesmo sem ejaculação, pode haver liberação de espermatozoides em um líquido pré-ejaculatório. Além disso, é preciso que o homem tenha autocontrole e saiba exatamente quando está prestes a ejacular, o que pode ser desafiador.
Esse método é conhecido por ter uma baixa eficácia e pode interromper o momento íntimo do casal.
- Teste de ovulação
Os testes de ovulação são kits que medem a quantidade de hormônio luteinizante na urina, que aumenta de 20 a 48 horas antes da ovulação. Com esses testes, a mulher descobre seu período fértil e pode evitar relações nesta fase. Esses testes são fáceis de usar e estão disponíveis em farmácias.
- Método da amenorreia lactacional
Esse método diz que, enquanto a mulher amamenta, ela geralmente não engravida. Isso ocorre porque não há menstruação, o que é chamado de amenorreia. Contudo, a ovulação pode retornar entre 10 a 12 semanas após o parto, e há o risco de ovulação antes do esperado.
Esse método não é seguro para mulheres que não estão amamentando e não é um método contraceptivo confiável, pois a mulher pode ovular e não perceber.
Considerações Finais
Os métodos contraceptivos naturais são opções que podem ser consideradas, mas é bem importante lembrar que eles não são 100% seguros. Cada corpo é único e o que funciona para uma mulher pode não funcionar para outra. É sempre bom buscar informações e, se possível, consultar um profissional de saúde para tirar dúvidas e encontrar a melhor solução.
Concluindo, enquanto métodos naturais podem oferecer uma alternativa ao uso de hormônios e barreiras, a falta de eficácia e a não proteção contra infecções sexualmente transmissíveis são pontos a serem levados em conta na decisão.