Na última segunda-feira, 24, durante um evento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, preferiu não comentar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Zema declarou que não é especialista em questões jurídicas e, portanto, não se sente à vontade para discutir o caso.
Ele afirmou: “Não sou jurista, não sou advogado. Mas, infelizmente, nossa Justiça parece mudar de opinião conforme a situação, o que é algo negativo.”
Embora tenha evitado entrar em detalhes sobre a situação legal de Bolsonaro, Zema manifestou seu apoio a uma possível candidatura do ex-presidente em 2026, caso ele se torne elegível novamente. O governador destacou que, neste momento, o importante é esperar o resultado do julgamento em relação ao futuro político de Bolsonaro. Ele também mencionou que outros governadores que se identificam com a direita estão cientes dessa situação e, em sua visão, provavelmente também apoiariam uma candidatura de Bolsonaro.
Zema havia se posicionado anteriormente, em janeiro deste ano, a favor da reversão da inelegibilidade de Bolsonaro. Ele acredita que a incerteza sobre a candidatura do ex-presidente está dificultando a criação de uma alternativa viável para as eleições de 2026. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia condenado Bolsonaro por abuso de poder político e por uso inadequado de meios de comunicação, o que resultou na sua inelegibilidade até 2030. Além disso, a PGR está investigando Bolsonaro por supostas tentativas de golpe após as eleições de 2022.
No mesmo evento, Zema também fez críticas à gestão econômica do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que a administração de Lula está levando o Brasil a um futuro complicado, alegando que o governo está gastando mais do que arrecada. Ele disse: “O Brasil está em um momento muito difícil, e isso já era esperado, pois um governo que gasta mais do que consegue arrecadar de forma consistente está construindo um futuro problemático.” Zema ainda comentou que a situação atual gera uma dependência excessiva da população em relação às políticas assistencialistas, dificultando que as pessoas consigam deixar os programas de ajuda pública.
Embora Zema reconheça a importância do Bolsa Família como uma iniciativa positiva, ele também enfatiza que este programa tem sido encarado como uma solução permanente, quando, na sua visão, deveria ser temporário, ajudando as pessoas a alcançarem autonomia financeira.