O procurador-geral da República, Paulo Gonet, está enfrentando críticas por sua lenta movimentação em relação ao inquérito que investiga o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal no dia 12 de junho de 2024. Ele é suspeito de vários crimes, incluindo organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitações de obras públicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu o inquérito completo quatro meses após o indiciamento, em 15 de outubro do mesmo ano. Isso ocorreu depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou que a PGR revisasse os documentos do caso em junho.
Esse atraso na apresentação de uma denúncia formal provocou reações negativas por parte de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles alegam que Gonet está tratando o caso de Juscelino de maneira diferente em comparação ao inquérito contra Bolsonaro, que resultou em denúncia em um prazo de três meses.
Por outro lado, pessoas próximas a Gonet justificam a demora, explicando que a investigação sobre Juscelino não envolve a prisão de pessoas com foro privilegiado, que são aquelas com um nível maior de proteção legal. Para o procurador, isso faz com que a urgência do caso seja menor.
O desenrolar desta situação e a decisão do procurador podem influenciar a imagem do governo atual e a dinâmica política no país. A expectativa é que nos próximos meses haja avanços nessa investigação e que os envolvidos possam apresentar suas defesas ou os aspectos legais da situação sejam esclarecidos.