No dia 10 de abril, durante o programa Central GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhêde trouxe à tona uma situação importante durante a transmissão ao vivo. Ela informou que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) havia enviado uma mensagem via WhatsApp e gostaria de fazer uma pergunta aos colaboradores do programa. O tema abordado era a possível anistia para os presos relacionados aos eventos do dia 8 de janeiro, quando houve invasões em prédios governamentais.
Embora Eliane não tenha mencionado o nome do ministro, ela leu a pergunta que recebeu: “Se invadissem a sua casa, atirassem rojões, usassem paus e barras de ferro contra seus empregados, destruíssem seus móveis, e tentassem tomar conta da sua família e da sua casa, você pediria anistia? Mas quando se trata do país e da democracia, tudo bem? É isso mesmo?”. Essa pergunta é alinhada a uma que foi feita anteriormente pelo ministro Alexandre de Moraes em um julgamento sobre os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro.
Além disso, vídeos desse momento estão sendo compartilhados nas redes sociais. Muitas pessoas notaram a semelhança entre a pergunta do ministro e a que foi lida por Eliane, levando a especulações sobre a intenção da comunicação.
A situação gerou comentários e discussões sobre a relação entre a imprensa e as autoridades. Algumas análises destacam que a troca de mensagens entre ministros e jornalistas, durante programas de TV, pode revelar uma dinâmica preocupante. A crítica principal é que tradicionalmente, são os jornalistas que fazem as perguntas e não o contrário. Essa inversão de papéis pode sugerir uma relação de submissão que não é saudável para a democracia e a liberdade de expressão.
Essa troca de ideias e a construção de narrativas no noticiário, especialmente em um contexto tão delicado como a análise da anistia, são fatores que merecem atenção e debate no atual cenário político do Brasil.