A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, comentou recentemente sobre o déficit de R$ 8 bilhões das estatais, afirmando que esse valor não configura um rombo fiscal. Ela explicou que esse resultado negativo é “apenas uma demonstração contábil” e afirmou que a maioria das empresas estatais ainda é lucrativa. Essa declaração gerou polêmica e críticas nas redes sociais, onde muitas pessoas criaram memes e brincadeiras a partir de suas palavras.
Um exemplo de reação foi do deputado federal Junio Amaral, que questionou a explicação da ministra dizendo que, embora o déficit tenha “cara, jeito e cheiro de rombo”, ele não é considerado um rombo. Outro internauta fez uma piada sugerindo que Dweck seria convidada para ser CEO de uma famosa rede de lojas, aludindo à sua análise sobre o déficit.
Por outro lado, os dados revelam que o déficit de R$ 8 bilhões registrado em 2024 é o mais alto desde o início da série histórica em 2001. Esse número considera as estatais de municípios, Estados e União, excluindo as grandes empresas como Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Quando se analisa apenas as estatais federais, o cenário também é desfavorável, com um déficit de R$ 6,7 bilhões, o pior resultado até agora. Esse desempenho negativo representa um aumento significativo em relação ao ano anterior, onde o déficit foi dez vezes menor. Também foram observados déficits nas estatais estaduais e municipais, que somaram R$ 1,3 bilhão e R$ 39 milhões, respectivamente.
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Elisa Leonel, comentou que o resultado negativo das estatais federais foi impactado em grande parte pelos Correios, que sozinhos apresentaram um déficit de R$ 3,2 bilhões.
Esses dados são importantes para entender a situação financeira das estatais no Brasil e os desafios que o governo enfrenta na gestão desses recursos. A declaração da ministra e a repercussão na opinião pública destacam a necessidade de um diálogo claro e transparente sobre as finanças do setor público.