Durante uma entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua preocupação com os altos preços dos ovos, que estão custando cerca de R$ 40 por uma caixa de 30 unidades. Ele declarou que esse valor é “absurdo” e acredita que, em breve, os preços devem voltar a níveis mais acessíveis para os trabalhadores.
Lula afirmou que está confiante de que o preço dos ovos vai cair. “Estou certo de que vamos conseguir fazer com que o preço retorne aos padrões do poder aquisitivo do trabalhador”, disse ele. Para isso, o presidente mencionou a importância de realizar reuniões com atacadistas para encontrar maneiras de reduzir os custos desse produto no Brasil. Ele enfatizou que os preços internos dos alimentos não devem seguir os mesmos padrões dos preços de exportação, que são cotados em dólar. “Vender produtos a preços altos internacionalmente não deve impactar diretamente o preço que o brasileiro paga”, completou Lula.
Além dos ovos, o presidente também se mostrou preocupado com o aumento de preços de outros alimentos, como carne e óleo de soja. Ele comentou que já começou a perceber uma queda no preço da carne e garantiu que, em breve, as pessoas poderão voltar a consumir cortes de carne que desejam, como picanha e costela.
Em janeiro, a inflação oficial no Brasil subiu 0,16%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os preços dos alimentos e bebidas tiveram um aumento maior, de 0,96%. Essa realidade está preocupando muitos brasileiros, já que a alimentação representa um custo significativo no orçamento familiar.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê que os preços dos ovos continuarão altos pelos próximos dois meses, especialmente por causa da alta demanda e da oferta limitada durante a quaresma. A organização explicou que o aumento dos preços está ligado aos custos de produção, que subiram nos últimos meses. Por exemplo, o milho, que é um ingrediente fundamental na ração das galinhas, viu seu preço aumentar em 30% nos últimos oito meses. Além disso, os custos das embalagens de ovos mais que dobraram, com um aumento superior a 100%.
Essas informações ressaltam a necessidade de medidas que possam estabilizar os preços dos alimentos essenciais, garantindo que todos tenham acesso a uma alimentação adequada.