O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fez declarações importantes nesta quarta-feira sobre a atuação da polícia e do Judiciário no Brasil. Em suas palavras, ele apontou que muitos casos de prisões realizadas pela polícia são feitos de forma inadequada, o que leva o Judiciário a liberar pessoas que, muitas vezes, deveriam permanecer detidas.
Lewandowski criticou a percepção popular de que a polícia realiza as prisões enquanto o Judiciário as solta sem motivo. Para ele, o verdadeiro problema é que as prisões nem sempre são baseadas em provas sólidas ou informações concretas. Na visão do ministro, se as prisões fossem feitas de forma mais técnica, com dados e indícios que justifiquem a detenção, a maior parte das pessoas que conseguem liberdade judicial não teria essa oportunidade.
Ele ainda destacou a importância de uma atuação melhor por parte da polícia, enfatizando que o papel dos juízes é assegurar a justiça e não soltar criminosos sem uma razão válida. O ministro defendeu que a polícia precisa melhorar seus métodos de trabalho para que a Justiça possa atuar da forma correta.
As declarações de Lewandowski ocorreram durante uma palestra onde discutiu a proposta conhecida como PEC da Segurança Pública, que busca aumentar a eficácia nas ações de segurança no país. Essa proposta tem atraído críticas por parte de governadores e opositores, que se preocupam com a possibilidade de que a nova legislação permita uma intervenção do governo federal na autonomia de estados e municípios na gestão de suas políticas de segurança.
Após ouvir as sugestões de alguns governadores, Lewandowski apresentou uma nova versão do texto da PEC, mostrando disposição para dialogar sobre as preocupações levantadas. Contudo, as críticas ainda persistem. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é contra a proposta, se manifestou dizendo que as mudanças feitas são apenas um “truque de palavras” e que, na sua opinião, as modificações não foram suficientes para resolver os problemas apontados.
Assim, a discussão sobre a segurança pública no Brasil continua, com diferentes visões sobre como aprimorar o sistema e garantir que tanto a polícia quanto o Judiciário cumpram seus papéis de maneira eficaz.