Na próxima sexta-feira, dia 7, o Partido dos Trabalhadores (PT) irá decidir quem será o novo presidente interino da sigla. Essa escolha se faz necessária porque a atual presidente, Gleisi Hoffmann, vai deixar o cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo federal, com a posse prevista para o dia 10 de março. Neste momento, dois nomes estão sendo considerados para o cargo: José Guimarães, que é o líder do governo na Câmara, e Humberto Costa, um senador do partido.
Anteriormente, o PT havia chegado a um acordo que estabelecia que Guimarães ocuparia a presidência interina até a eleição marcada para o dia 6 de julho, caso Gleisi fosse escolhida para a Secretaria-Geral da Presidência. Nesse caso, tanto Guimarães quanto Gleisi planejavam apoiar Edinho Silva como candidato oficial para a presidência definitiva do PT. Contudo, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de nomear Gleisi para a articulação política com o Congresso complicou essa situação, tornando a sucessão mais incerta.
Edinho Silva, que já ocupara o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação durante o governo de Dilma Rousseff, é visto como a escolha favorita de Lula. O presidente acredita que Edinho possui as qualidades necessárias para o cargo, como boa habilidade política e experiência na administração pública. O plano inicial era que a eleição do novo presidente ocorresse sem disputa interna, mas agora esse cenário pode mudar, permitindo uma competição dentro da legenda.
José Guimarães também foi considerado para o cargo na Secretaria de Relações Institucionais, mas Lula foi aconselhado a não seguir por esse caminho. O entendimento entre os membros do PT é que a saída de Guimarães da Câmara poderia diminuir ainda mais a influência do partido no Congresso. Atualmente, o PT enfrenta dificuldades, já que suas bancadas na Câmara e no Senado não têm o mesmo peso político que o centrão, um bloco poderoso que influência as decisões legislativas, o que limita a capacidade de articulação do partido.