A Polícia Federal (PF) está realizando, nesta terça-feira, uma nova fase de uma operação que investiga a venda de sentenças jurídicas relacionadas a processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Essa operação visa desmantelar um esquema que envolve possíveis irregularidades em gabinetes de ministros desse tribunal.
Hoje, os agentes da PF estão cumprindo um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão no estado do Tocantins. Essas ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão, a operação também inclui o afastamento de alguns envolvidos de suas funções públicas, a proibição de contato entre eles e a restrição da saída do país, que implica na retirada de passaportes.
A operação, chamada de Sisamnes, investiga crimes como obstrução da Justiça, violação do sigilo das informações e corrupção, tanto ativa quanto passiva. Isso significa que as autoridades estão apurando se houve troca de favores em troca de decisões judiciais favoráveis, o que comprometeria a integridade do sistema judiciário.
Durante as investigações, a PF descobriu uma rede secreta que monitorava e vendia informações sobre processos sensíveis no STJ. Tal atividade prejudicava ações policiais e poderia resultar em injustiças nos julgamentos.
No passado, em novembro do ano anterior, a PF já tinha realizado ações semelhantes, cumprindo mandados de busca em residências de funcionários de três gabinetes de ministros do STJ, o que levou à prisão de um lobista. Durante esse período, os agentes descobriram que algumas pessoas estavam exigindo pagamento para favorecer partes em processos judiciais, garantindo resultados que favoreciam seus interesses.
Além do desdobramento atual, informações indicam que a pessoa presa nesta fase da operação seria um assessor de um procurador de Justiça do Tocantins, o que reforça a gravidade das ligações entre os implicados e as instituições judiciais. A continuidade dessa investigação é fundamental para assegurar a credibilidade da Justiça e manter a transparência no sistema legal brasileiro.