Após enfrentarem um grande prejuízo em 2024, as empresas estatais do Brasil, sob a administração do governo Lula, continuam a promover políticas de diversidade, equidade e inclusão. Essa agenda, que foi criticada por algumas grandes empresas globais e também pelo governo dos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump, busca valorizar a pluralidade dentro das organizações.
No dia 6 de abril, representantes de 33 estatais federais se reuniram pela primeira vez para reforçar seu compromisso com a diversidade, equidade e inclusão. Essa reunião faz parte de um pacto assinado em novembro do ano anterior. Durante o encontro, líderes de estatais como Correios, que apresentou os maiores prejuízos entre as empresas públicas, e Petrobras, que teve uma queda significativa em seu lucro, discutiram a importância dessas práticas. Eles elaboraram um “posicionamento público” destacando como a diversidade pode trazer inovação, melhorar a tomada de decisões e resultar em um melhor desempenho organizacional.
O comunicado do Ministério da Gestão e Inovação enfatizou que a diversidade é fundamental para as empresas públicas e a sociedade como um todo, e que a inclusão deve ser uma prioridade constante. As estatais convidaram outras organizações a se unirem a essa causa.
Vale ressaltar que, enquanto as estatais brasileiras estão focadas em promover a diversidade, várias grandes empresas americanas, como Meta, Amazon e Disney, decidiram abandonar políticas de diversidade e inclusão. Essas empresas acreditam que a seleção de funcionários com base em critérios como raça e gênero não contribui para a produtividade. O movimento para reduzir essas práticas se intensificou devido à pressão de investidores e consumidores.
Além das estatais, o pacto pela diversidade também inclui a participação de vários ministérios, como o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério das Mulheres. Essa colaboração visa criar um ambiente mais inclusivo não apenas dentro das empresas, mas em toda a sociedade.
Um posicionamento manifesto do pacto destaca que a diversidade é uma força poderosa e que a inclusão não é uma tarefa fácil, demandando coragem para enfrentar desafios. O processo de valorização da diversidade foi gradual e exigiu a colaboração coletiva de diversos setores. É reconhecido que ter um ambiente diversificado é um diferencial competitivo, contribuindo para melhores produtos e serviços.
Um trecho do documento reafirma a importância das ações contínuas para manter e expandir a agenda de diversidade. Há um reconhecimento de que a variedade de experiências, origens e pensamentos pode criar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, além de aumentar o engajamento dos funcionários.
As estatais contribuem significativamente para a economia brasileira, representando cerca de 6% do PIB e empregando mais de 436 mil pessoas. A diversidade é vista não apenas como uma responsabilidade social, mas como uma estratégia crucial para o desenvolvimento e sucesso das organizações.
Divulgar a importância de ações efetivas em prol da diversidade é essencial para construir um Brasil mais justo e inclusivo. O pacto reafirma o compromisso das estatais e incentiva outras organizações a se posicionarem de forma semelhante, enfatizando a necessidade de ação para promover um ambiente que respeite e valorize as diferenças.
Em resumo, as estatais brasileiras estão caminhando em direção a uma agenda de inclusão, buscando se destacar em um cenário onde a diversidade é considerada uma chave para o progresso e inovação. O objetivo é construir uma sociedade onde todos tenham a oportunidade de se desenvolver plenamente, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável.