O deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, falou sobre a conquista do filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar, que aconteceu no domingo, 2 de março. O filme, dirigido por Walter Salles, é o primeiro do Brasil a ganhar um prêmio na categoria de melhor filme internacional.
No entanto, a fala de Eduardo não se concentrou apenas na vitória do cinema brasileiro. Ele fez uma comparação entre o regime militar que já não existe no país e as ações do Judiciário atualmente, especialmente as do Supremo Tribunal Federal (STF). Eduardo costuma criticar os ministros do STF, em particular Alexandre de Moraes, a quem ele chama de “ditador”.
Em suas redes sociais, ele declarou: “Rebater uma ditadura que não existe é fácil, e isso traz aplausos da elite que vive em uma bolha. O difícil é ter coragem de enfrentar a verdadeira ditadura que está prendendo pessoas inocentes, como mães de família e idosos.” Durante sua mensagem, ele fez referência específica a Débora dos Santos, de 39 anos, que enfrentava a possibilidade de ser condenada a 17 anos de prisão por vandalizar uma estátua na sede dos Três Poderes, um ato pelo qual escreveu “perdeu, mané” com batom.
Eduardo Bolsonaro continuou a sua crítica, afirmando que o silêncio de certas pessoas seria cúmplice das injustiças e que ele não se calaria. Ele destacou que está disposto a enfrentar as consequências do que chama de abusos cometidos por Moraes, afirmando: “Você vai pagar por toda a maldade que cometeu, custe o que custar.”
Outro ponto importante é que Eduardo acredita que pode ter seu passaporte retido por ordem de Moraes, o que o impediria de viajar para os Estados Unidos. O deputado afirma que está tentando mostrar ao governo americano e a outras autoridades que o Judiciário brasileiro tem agido contra seu pai, Jair Bolsonaro, e atacado a liberdade de expressão.
No último sábado, 1º de março, Alexandre de Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da República se manifestasse sobre um pedido de deputados do PT para investigar Eduardo e confiscar seu passaporte. Em entrevista que deu no domingo, Eduardo disse que vê um “jogo combinado” entre Moraes, o PT e a Procuradoria e acredita que é muito provável que seu passaporte seja apreendido. Ele insinuou que essa medida facilitaria a execução de uma possível prisão contra ele.