Na terça-feira, dia 5, a cúpula do PL manifestou sua insatisfação com membros do partido que não seguiram as orientações de Jair Bolsonaro durante a votação para a presidência da Câmara. Em vez de apoiar o candidato indicado pelo partido, alguns deputados optaram por votar em Marcel van Hattem, do Novo. Essa situação gerou descontentamento entre os líderes do PL.
A deputada Bia Kicis, que representa o Distrito Federal, entrou em contato para esclarecer sua posição. Mesmo sendo amiga de Marcel van Hattem, ela decidiu acompanhar a orientação de Jair Bolsonaro e votou em Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Bia Kicis enfatizou que sempre foi leal ao presidente e que essa postura não mudará. Ela ainda comentou que havia comunicado a Marcel sua decisão em seguir o que foi determinado pelo partido, e ele compreendeu sua posição.
A deputada também mencionou a importância da unidade entre os membros da direita. Segundo ela, é fundamental que os parlamentares evitem conflitos internos e trabalhem juntos em prol de objetivos comuns. A votação e os desentendimentos geraram uma preocupação sobre a necessidade de união entre os que compartilham valores semelhantes.
Outro deputado, Luiz Philippe de Orléans e Bragança, que também atua pelo PL em São Paulo, se manifestou e revelou que votou em branco. Ele explicou que, embora tenha apoiado Marcel van Hattem em outras ocasiões, não poderia votar no candidato desta vez devido às diretrizes de seu partido, e considerou impossível votar em Hugo Motta.
As declarações de Bia Kicis e Luiz Philippe de Orléans e Bragança acontecem em um momento em que o comando do PL iniciou um movimento, que muitos consideram uma “caça às bruxas”, contra os membros do partido que apoiaram Van Hattem em vez de seguir a direção estabelecida. A situação reflete as tensões internas no partido após a votação na Câmara.