A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, propôs que o governo federal crie um cargo simbólico para a primeira-dama, Janja da Silva, no Palácio do Planalto. Gleisi, que já foi presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), acredita que um cargo oficial ajudaria Janja a realizar suas atividades de maneira mais estruturada.
Janja tem enfrentado críticas por causa de suas viagens internacionais, que ocorrem mesmo quando não há compromissos oficiais que justifiquem esses gastos. Em um contexto de crise econômica e déficit fiscal, essa questão se torna ainda mais polêmica. Recentemente, chamou a atenção o fato de Janja ter viajado ao Japão alguns dias antes da ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que gerou questionamentos sobre a natureza e a necessidade de suas viagens.
Durante essas deslocações, Janja costuma viajar com a equipe de assessores que vai antes para organizar detalhes das visitas do presidente em funções diplomáticas. Apesar das críticas que vem recebendo, Gleisi mantém a defesa de que Janja tenha um espaço institucional, afirmando que isso é importante para que ela possa prestar contas e se manifestar. Gleisi declarou que não vê problemas na situação, destacando que Janja é a companheira do presidente e possui um peso social relevante.
A ministra também comentou que a oposição, que critica Janja, não tem moral para fazê-lo e que essa pressão é muitas vezes influenciada por um viés machista. Em resposta às demandas por mais clareza em sua agenda, Janja passou a divulgar seus compromissos em sua conta do Instagram. Contudo, posteriormente, decidiu restringir o acesso às suas postagens, alegando que estava sendo atacada por adversários.
Assim, o debate em torno do papel da primeira-dama e das suas atividades continua, com vozes a favor e contra dentro do cenário político brasileiro.