Na última quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido PL, respondeu a críticas feitas pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. Bolsonaro afirmou que sempre que Lula enfrenta dificuldades, surgem movimentações contra seus opositores. Ele usou uma linguagem coloquial e irônica para expressar sua opinião, mencionando uma série de problemas econômicos e administrativos enfrentados pelo governo, como aumento de impostos e gastos excessivos.
Essa declaração de Bolsonaro foi uma reação a comentários de Lula sobre o pedido de anistia feito pelo ex-presidente. Durante uma entrevista à Rádio Tupi FM, Lula criticou Bolsonaro, sugerindo que ele deveria focar em provar sua inocência em vez de solicitar perdão por ações passadas. Lula afirmou que a busca pela anistia indica culpabilidade, afirmando que ao pedir isso, Bolsonaro está, de certa forma, admitindo que cometeu crimes, como participar de um suposto plano para assassinar líderes políticos.
Lula também se manifestou sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram protestos e depredações em Brasília. Ele defendeu que as pessoas que pedem anistia antes de serem julgadas estão se autocondenando e que aquelas envolvidas nos atos de janeiro devem ser condenadas.
Ainda nesse contexto, um Projeto de Lei para anistia tem ganhado apoio por parte de alguns setores da direita. Essa proposta busca perdoar aqueles que foram investigados pelos eventos de janeiro. Bolsonaro se posiciona a favor da anistia, chamando-a de uma medida necessária para aliviar tensões no país.
No mesmo dia em que o debate sobre anistia se intensificou, a Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia contra Bolsonaro e mais 33 pessoas. Eles são acusados de planejar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022, com imputações que incluem organização criminosa e dano ao patrimônio público. O procurador-geral, Paulo Gonet, mencionou que a Polícia Federal não conseguiu corroborar com provas a acusação de um plano de assassinato envolvendo Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, embora tenha demarcado a conexão de Bolsonaro com os acontecimentos.
A defesa de Bolsonaro reagiu à denúncia com indignação, considerando-a inconsistente e baseando-se em informações de uma única delação premiada, a qual estaria repleta de contradições. Os advogados afirmaram que o ex-presidente sempre se opôs a ações que ameaçam a democracia e que a denúncia não tem fundamentos sólidos.
Esses episódios revelam um clima político tenso no Brasil, onde as interações entre os ex e o atual presidente continuam a gerar polêmica e ameaçam acirrar divisões já existentes na sociedade.