O ex-presidente Jair Bolsonaro está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde passou por uma cirurgia no intestino no último domingo, dia 13 de abril. A operação durou aproximadamente 12 horas e foi necessária devido a problemas decorrentes de aderências formadas após múltiplas cirurgias que ele teve que realizar após o atentado a faca que sofreu em 2018.
No boletim médico divulgado nesta sexta-feira, dia 18, a equipe médica informou que Bolsonaro apresentou uma evolução positiva em seus exames laboratoriais e não está sentindo dores ou enfrentando complicações. Apesar disso, o ex-presidente continua em jejum oral e deve permanecer na UTI por tempo indeterminado, sem previsão de alta.
Para auxiliar em sua recuperação, Bolsonaro participa de sessões de fisioterapia, tanto motora quanto respiratória. Os médicos também relataram que os marcadores inflamatórios dele estão melhorando e as tomografias realizadas mostram que não há novas complicações.
Durante esta semana, vídeos nas redes sociais mostraram o ex-presidente caminhando pelos corredores do hospital com o auxílio de um andador, acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As visitas à UTI são restritas e apenas familiares próximos e a equipe médica podem entrar.
Este foi o sétimo procedimento cirúrgico que Bolsonaro realizou desde o atentado de 2018. O cardiologista Leandro Echenique, parte da equipe médica, classificou essa cirurgia como uma das mais complexas enfrentadas por ele até agora.
Apesar de sua internação, Bolsonaro se manifestou sobre questões políticas atuais, usando suas redes sociais para criticar decisões do atual governo e do sistema judiciário brasileiro. Especificamente, ele se opôs ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concedeu asilo político à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, que foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Bolsonaro comentou sobre como corruptos são tratados como perseguidos políticos e questionou o uso do asilo político.
Além disso, ele criticou uma ação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que interrompeu a extradição de um traficante para a Espanha. Segundo Bolsonaro, essas ações têm manchado a imagem do Brasil no exterior e ferido a dignidade nacional. Ele afirmou que a Justiça não deve ser usada para vinganças pessoais e que a imagem do país está sendo prejudicada por atitudes que não refletem os interesses da nação.