Na quarta-feira, dia 12, ocorreu um evento no Palácio do Planalto para celebrar um ano do programa Nova Indústria Brasil. Apesar da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aproximadamente 16 dos mais de 50 lugares disponíveis estavam vazios. Esses assentos eram reservados para representantes de entidades como a Associação Brasileira de Cimento Portland, o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e a Nav Brasil.
A cerimônia estava marcada para às 11 horas, mas começou somente às 11h38, com a chegada de Lula. Durante o discurso do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, que ocorreu às 11h44, o cerimonial pediu que os convidados presentes ocupassem os lugares desocupados. Além de Lula e Alckmin, outros ministros, como Fernando Haddad, Luciana Santos, Nísia Trindade e Luiz Marinho, também estavam presentes.
O principal objetivo do evento foi lançar as metas da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil, que tem um foco especial na defesa nacional.
Em relação aos investimentos, o Palácio do Planalto anunciou que, neste estágio do programa, estão previstos R$ 112,9 bilhões. Deste total, R$ 79,8 bilhões são de recursos públicos, incluindo R$ 31,4 bilhões destinados ao PAC Defesa.
O ministro da Defesa, José Múcio, mencionou recentemente em uma entrevista que o Brasil enfrenta desafios financeiros para manter sua estrutura militar. Ele ressaltou que o orçamento das Forças Armadas representa apenas 1,1% do PIB, o que é um dos menores índices na América do Sul, enquanto o Judiciário consome cerca de 1,5% do PIB.
Múcio também fez um comparativo com os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que recomendam um investimento de 2% do PIB para nações sem conflitos. Segundo ele, a falta de recursos é um problema significativo, uma vez que a Defesa não recebe emendas parlamentares, o que dificulta o financiamento de projetos importantes, como os submarinos e os caças Gripen, que já foram iniciados em administrações anteriores.
Apesar das dificuldades, as Forças Armadas continuam a atuar em situações de emergência. O ministro citou o envio de 20 mil soldados ao Rio Grande do Sul e 3 mil ao Pantanal para auxiliar em situações de desastres naturais. Ele concluiu ressaltando que, embora o número de soldados mobilizados seja pequeno, o investimento é ainda menor.