O senador Magno Malta, do PL do Espírito Santo, recentemente se pronunciou sobre a situação política atual, destacando sua insatisfação com o apoio que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebeu da oposição. Malta, que não votou em Alcolumbre para a presidência do Senado, agora cobra que ele apoie a proposta de anistia para os presos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, quando houve uma invasão ao Congresso Nacional.
Essa exigência de Malta está ligada ao apoio que Alcolumbre obteve da oposição, respaldado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Como vice-líder da oposição, Malta acredita que há um confronto entre as promessas feitas durante a campanha e as ações que Alcolumbre tem tomado como presidente do Senado.
Recentemente, o Senado Federal tem enfrentado questões importantes, incluindo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e as condenações dos envolvidos nas manifestações de 8 de janeiro, cujas penas têm gerado polêmica entre especialistas no direito. Essa situação tem pressionado a Casa a tomar uma posição mais clara.
Malta afirma que a gestão de Alcolumbre não está seguindo as expectativas populares. Ele mencionou que, mesmo que as “prerrogativas” — que se referem ao direito de cada poder no Brasil — tenham sido um tema central na campanha eleitoral, parece que não há um compromisso real para defendê-las no Senado. Alcolumbre, segundo Malta, mencionou em uma coletiva que a questão do 8 de janeiro não era uma prioridade, contradizendo o que havia sido prometido antes.
Em um tom mais pessimista, Malta expressou sua falta de esperança quanto à condução do Senado sob Alcolumbre. Ele afirmou não ver sinais de que algo mudará e reiterou que as razões que o levaram a não apoiar a eleição de Alcolumbre continuam válidas. Malta acredita que o presidente do Senado está alinhado com os interesses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem boa relação com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Malta ressaltou que suas críticas a Alcolumbre não são pessoais; eles sempre tiveram um relacionamento cordial. No entanto, ele também destacou que, nas questões políticas, a divergência entre eles é clara. Apesar de admirá-lo pessoalmente, Malta enfatizou que em termos de alinhamento político, eles estão em lados opostos.
Além disso, Malta trouxe à tona que, nesta semana, o Senado não está sob a direção de Alcolumbre, já que ele se encontra em viagem com o governo para o Japão e o Vietnã. Essa situação reflete uma preocupação crescente entre os membros da oposição, especialmente depois que Alcolumbre afirmou que a questão da anistia não seria um assunto importante para os brasileiros.
As declarações de Malta ajudam a entender as tensões políticas no Senado e as expectativas não atendidas por parte da oposição em relação à gestão atual. A discussão sobre as prerrogativas do Congresso gerou um debate significativo, especialmente considerando o contexto das eleições para a presidência do Senado.