O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, está buscando negociar a redução das tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, que são de 25%. Esta medida foi decidida pelo governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de promover a produção interna de aço no país. As tarifas começam a valer a partir de 12 de março.
Para lidar com essa situação, Alckmin pretende usar uma estratégia semelhante à que foi adotada em 2018, quando o então presidente Michel Temer conseguiu que o Brasil fosse incluído em uma lista de exceções das tarifas. Na época, após o aumento da taxa, foram estabelecidas cotas que permitiram ao Brasil continuar exportando sem o ônus completo da tarifa.
Alckmin explicou que o aumento das tarifas de importação pode encarecer os produtos nas cadeias de produção nos Estados Unidos. Dessa forma, a solução encontrada anteriormente, que foram as cotas, foi considerada “inteligente” por permitir um equilíbrio no comércio. Ele enfatizou a importância do diálogo como o caminho a seguir.
Em uma coletiva de imprensa, Alckmin foi questionado sobre a possibilidade de retaliações contra os Estados Unidos e uma possível “guerra tributária”. O vice-presidente optou por não responder diretamente a essa questão e reafirmou que a melhor solução é uma abordagem de “ganha-ganha”, onde ambos os países possam se beneficiar.
Essa visão contrastou com a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 30 de janeiro, foi claro ao afirmar que, se os Estados Unidos taxassem produtos brasileiros, o Brasil também poderia retaliar, taxando os produtos que entram no país vindos dos EUA.
Alckmin ainda destacou que as tarifas impostas por Trump valem para todos os países, o que significa que a medida não se dirige especificamente ao Brasil. Ele finalizou enfatizando que as relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos têm uma longa história de 200 anos.