Um artigo recente trouxe à tona a situação dos presídios no Brasil e as falhas do sistema prisional, destacando o que muitos consideram uma relação problemática entre o governo e o crime organizado. O autor, Roberto Motta, discute iniciativas do governo federal, como o programa chamado Pena Justa, que visa facilitar o cumprimento de penas por criminosos. Este programa inclui a criação de cotas obrigatórias para que empresas que trabalham com o governo contratem pessoas que estão ou estiveram presas.
Motta critica a forma como o Estado brasileiro tem lidado com a segurança e a criminalidade, afirmando que, ao invés de aprimorar as condições nas comunidades e nas favelas, o governo tem deixado que facções do tráfico de drogas dominem não apenas esses locais, mas também as prisões. Ele menciona que, em muitos casos, o governo parece ter concedido o controle dos presídios a essas facções.
Uma das questões levantadas no artigo é o impacto dos governos passados do Partido dos Trabalhadores (PT), que, segundo Motta, governaram o Brasil por 18 anos neste século. Ele aponta que a educação e a formação moral de jovens envolvidos com o crime estão, em parte, ligadas ao que se praticou e se deixou de fazer durante esses anos.
De acordo com o autor, os presídios brasileiros, como os conhecemos hoje, são resultado das políticas adotadas pelo PT. Durante esses governos, enormes quantias de dinheiro foram investidas em eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, que custaram quase R$ 100 bilhões. Motta sugere que se esse valor tivesse sido utilizado para construir presídios adequados, seria possível criar cerca de 819 mil vagas no sistema penitenciário, o que garantiria espaço suficiente até para os criminosos que ainda precisam ser presos.
Ele levanta uma pergunta importante: por que esses investimentos não foram feitos nas prisões? Motta acredita que a crise nos presídios é resultado de decisões políticas que favorecem a liberação de criminosos e o fortalecimento de leis que reduzem as penas. Durante o governo do PT, diversas leis que diminuíram as punições para crimes foram aprovadas, incluindo mudanças que trouxeram benefícios para criminosos considerados hediondos, e a descriminalização do uso de certas drogas.
O autor termina o trecho chamado “Bandidobras: a única estatal que funciona” ressaltando que o sistema atual é sustentado por uma mistura de ideologia e desinformação, e critica a maneira como as instituições lidam com a segurança pública e o sistema prisional.
O artigo é apenas uma parte da Edição 258 da revista, que também traz outras reportagens e análises sobre política, sociedade e economia, escritas por diversos colunistas. A revista se propõe a abordar esses temas sem aceitar publicidade de órgãos públicos, dependendo do apoio dos assinantes para sua manutenção.