A Verdadeira História da Estátua “Três Graças”
A pergunta “A estátua Três Graças existe?” ganhou destaque entre os telespectadores da novela das nove, atraindo a curiosidade de muitos. Na trama, a escultura é avaliada em cerca de R$ 8 milhões e serve como um elemento central, envolvendo temas de mistério, poder e corrupção. Apesar de sua importância na história, a estátua mostrada na novela é fictícia e não tem nenhuma existência real.
A peça foi criada especificamente para a ficção e é atribuída ao escultor fictício Giovanni Aragna, um artista que, segundo a narrativa, teria vivido na Renascença em Florença, na Itália. Embora não seja uma obra histórica, sua criação foi inspirada nas Três Graças, deusas da mitologia grega, representadas em diversas obras clássicas que moldaram a história da arte.
Inspiração Mitológica
As Três Graças, conhecidas como Aglaia, Eufrosina e Tália, simbolizam beleza, alegria, juventude e fertilidade. Elas são filhas de Zeus e Eurínome e aparecem em várias histórias ao lado de figuras mitológicas como Apolo e Afrodite. Essas deusas foram imortalizadas ao longo dos séculos em pinturas e esculturas, influenciando grandes artistas como Sandro Botticelli, Raphael e Antonio Canova. Este último produziu uma das representações mais conhecidas das Três Graças, que serviu de referência para a criação da estátua na novela.
Obras que Serviram de Referência
O ganho de popularidade da pergunta “A estátua Três Graças existe?” está ligado ao legado artístico que inspirou sua construção na novela. A representação das Três Graças se tornou um tema frequente, especialmente durante o Renascimento e o Neoclássico. Algumas das obras mais notáveis incluem:
- “Primavera” de Botticelli, onde as Três Graças dançam.
- Pintura de Raphael, intitulada “As Três Graças”.
- Escultura de Antonio Canova, que é considerada a representação definitiva do trio mitológico.
Os criadores da novela usaram essas referências para dar à estátua um visual imponente, com acabamento realista em mármore, o que a torna convincente para o público.
A Estátua na Trama
Na narrativa da novela, a escultura tem um papel significativo, e sua história é elaborada para realçar seu valor e raridade. De acordo com a trama:
- A escultura foi supostamente criada em Florença.
- Ela mede 1,88 metro de altura e 1 metro de largura.
- É feita de mármore de Carrara.
- A última exposição da obra teria sido na Galleria dell’Arte Sublime, em Roma, antes de desaparecer no início dos anos 1940.
A estátua torna-se ainda mais valiosa à medida que avança a trama criminal. Avaliada em US$ 1,5 milhão, é comprada por Rogério, interpretado por Eduardo Moscovis. Após sua morte suspeita, a personagem Arminda, feita por Grazi Massafera, esconde a escultura em um quarto trancado e a utiliza para guardar dinheiro desviado.
Conflitos em Torno da Estátua
A disputa pela estátua se intensifica quando a personagem Gerluce, interpretada por Sophie Charlotte, passa a investigar a origem e o histórico da escultura com o objetivo de roubá-la. A estátua se transforma em um símbolo de riqueza e segredo, refletindo a decadência moral que permeia a narrativa da novela.
A produção da novela soube criar um forte enredo ao redor de uma peça fictícia, envolvendo elementos culturais e artísticos que geraram grande interesse e debates entre os espectadores.