Mark Zuckerberg, o CEO da Meta, afirmou que ainda é cedo para avaliar como a DeepSeek, uma startup chinesa de inteligência artificial (IA), poderá influenciar os gastos da sua empresa nessa área. Durante uma chamada sobre os lucros da Meta, um analista questionou Zuckerberg sobre o impacto da DeepSeek, que ganhou destaque por desenvolver modelos de IA a um custo significativamente mais baixo do que as empresas dos Estados Unidos.
Zuckerberg reconheceu que a DeepSeek fez “várias inovações” que a Meta está analisando, mas acrescentou que isso não deve mudar a forma como a Meta investe em IA, pelo menos no momento. Ele disse que ainda é prematuro ter uma opinião forte sobre como isso afetará os planos de infraestrutura e os gastos de capital da empresa.
A Meta, assim como outras grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, tem enfrentado pressão para explicar quando seus altos investimentos em IA começarão a trazer retornos financeiros. Esta atenção aumentou após a DeepSeek afirmar que consegue treinar seus modelos de IA com custos bem menores que os das concorrentes americanas, o que provocou uma queda nas ações de algumas empresas do setor.
Zuckerberg também comentou que a Meta planeja investir entre 60 bilhões e 65 bilhões de dólares em capital em 2025. Ele defendeu esses investimentos, argumentando que, embora o uso da infraestrutura de IA da Meta possa mudar, a necessidade de tal infraestrutura permanecerá. Segundo ele, a construção de uma infraestrutura robusta de IA será uma grande vantagem tanto para a qualidade dos serviços oferecidos quanto para a capacidade de atender à demanda em larga escala.
Além disso, Zuckerberg reiterou a importância de padrões de IA de código aberto, mas com uma condição: que esses padrões sejam americanos. Ele destacou que a criação de um padrão global deve ser feita levando em consideração a vantagem nacional do país. O CEO enfatizou a necessidade de criar sistemas de IA que sejam utilizados mundialmente, ao mesmo tempo em que disse estar otimista com o apoio do governo dos Estados Unidos às empresas de tecnologia americanas na competição global de IA.
Ainda nessa linha, Yann LeCun, o principal cientista de IA da Meta, comentou anteriormente que o sucesso da DeepSeek deve servir como um indicativo de que modelos de código aberto estão superando os modelos proprietários, e não necessariamente que a IA da China está superando a dos Estados Unidos.