Na terça-feira, a União Europeia (UE) apresentou um novo plano para aumentar os gastos com defesa dos países membros, em resposta ao aumento das preocupações de segurança no continente. O projeto, conhecido como “ReArm Europe”, pode liberar até 800 bilhões de euros, equivalente a cerca de 840 bilhões de dólares.
Esse anúncio aconteceu após notícias de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia interrompido a ajuda militar a Ucrânia, depois de uma reunião tensa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy. No domingo, líderes europeus se reuniram em Londres para uma cúpula emergencial sobre a situação na Ucrânia, onde muitos analistas de defesa expressaram que será difícil para os países europeus preencherem a lacuna deixada pela assistência militar dos Estados Unidos.
O foco do plano da UE é auxiliar os países membros a desbloquear recursos financeiros para gastos em defesa, tanto para responder às necessidades imediatas da Ucrânia quanto para fortalecer a segurança a longo prazo. Uma das medidas anunciadas é a suspensão do Procedimento do Déficit Excessivo, que normalmente impede os países de acumularem grandes déficits orçamentários.
O plano também inclui a disponibilização de empréstimos de baixo custo, que totalizam 150 bilhões de euros. Esses empréstimos permitirão que os governos compitam juntos para adquirir equipamentos de defesa, incluindo sistemas de defesa aérea, mísseis, drones e capacidades cibernéticas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a situação preocupante da segurança na Europa, afirmando que a questão não é mais se a segurança da Europa está realmente ameaçada, mas sim como os países devem assumir mais responsabilidades para protegê-la.
Além disso, o plano da UE não abordou diretamente a capacidade de produção de defesa do bloco nem a possibilidade de usar ativos russos congelados, que somam mais de 200 bilhões de dólares, para ajudar na defesa da Ucrânia. No entanto, alguns líderes europeus estão começando a considerar essa ideia como uma forma de apoiar a Ucrânia.