Justine Sterling Converse fundou uma pequena empresa de estratégia de eventos chamada Brigade Events, no Texas, que é gerida por mulheres. Antes mesmo de se tornar mãe, Justine se preocupava com o impacto que a maternidade poderia ter em sua carreira. Ela notou que muitas colegas do setor de eventos, que exigem jornadas longas e trabalho aos fins de semana, deixaram seus empregos rapidamente após períodos curtos de licença-maternidade. Essa situação a fez questionar se teria que mudar de carreira.
Justine sempre teve uma paixão por trabalhar em eventos. Ela trabalhou como assistente do ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush e foi diretora de programação estratégica no George W. Bush Presidential Center, onde organizou eventos com figuras como Barack Obama e Bill Clinton.
Em 2019, ao fundar a Brigade Events, Justine queria criar um ambiente que apoiasse mães trabalhadoras. No início, a empresa não tinha uma política de licença-maternidade definida, mas isso mudou rapidamente. Em um curto período, cinco funcionárias ficaram grávidas, o que levou Justine a perceber a necessidade de estabelecer uma política adequada para manter sua equipe.
Ela decidiu que a Brigade Events teria uma licença-maternidade de 16 semanas. Parte da licença é paga pela empresa, enquanto as funcionárias podem solicitar benefícios de curto prazo para completar o período de licença. A empresa também oferece um mês adicional de transição, onde as mães podem trabalhar metade da carga horária e receber metade do salário.
Justine explicou que, embora a empresa tenha enfrentado dificuldades financeiras em 2020 devido à pandemia, ela acredita que a criação de uma boa política de licença-maternidade é um investimento essencial. Ela notou que uma política ruim pode resultar na saída de funcionários, o que é mais caro a longo prazo em termos de recrutamento e treinamento de novas contratações.
A Brigade Events, que atualmente tem dez funcionários, se comprometeu a adicionar uma semana de licença paga para cada ano lucrativo, com o objetivo final de proporcionar seis meses de licença-maternidade remunerada. Justine estava, no momento da entrevista, desfrutando do seu próprio mês de transição após dar à luz.
Em 2024, quatro dos dez funcionários da Brigade, incluindo Justine, estavam de licença-maternidade ao mesmo tempo. Para lidar com a situação, a empresa teve que deixar certos projetos de lado e contratar trabalhadores temporários para manter as operações.
Embora nem todos na Brigade tenham filhos ou planejem ter, Justine percebe que o tratamento das mães nas empresas afeta a percepção de todas as funcionárias. Se as mulheres veem uma cultura de inflexibilidade e desgaste extremo, podem decidir deixar a empresa antes mesmo de engravidar. Para Justine e sua equipe, oferecer uma licença-maternidade robusta é um passo importante para garantir que as funcionárias se sintam apoiadas e valorizadas.