Nos últimos anos, a interação entre pessoas e chatbots tem crescido, e isso inclui relacionamentos amorosos. Uma pesquisa envolvendo mais de 90 mil usuários realizada pelo projeto World, do empresário Sam Altman, revelou que aproximadamente 26% das pessoas já flertaram com chatbots, muitas vezes sem perceber.
O surgimento de aplicativos como o Replika, que permite aos usuários criar seus próprios chatbots românticos, destaca essa tendência. Lançado em 2017, o Replika hoje conta com cerca de 676 mil usuários ativos diariamente, que passam, em média, duas horas por dia no aplicativo, segundo dados de uma plataforma de análise.
Apesar desse aumento no uso de chatbots nas interações amorosas, muitos usuários ainda se sentem inseguros. A pesquisa mostrou que aproximadamente 90% das pessoas desejam que os aplicativos de namoro implementem medidas para verificar se os perfis são de pessoas reais. Cerca de 60% dos entrevistados já desconfiaram ou descobriram que estavam conversando com um bot.
Para abordar essas preocupações sobre a veracidade dos perfis, a World lançou um novo produto chamado World ID Deep Face. Esse sistema verifica a identidade dos usuários por meio da captura das íris com uma esfera do tamanho de um melão. A ideia é garantir que as interações em aplicativos de namoro e videochamadas sejam realmente entre pessoas reais, reduzindo o risco de fraudes.
Tiago Sada, responsável pela tecnologia da empresa, comentou que a experiência de ser enganado por perfis falsos é comum para muitos que usam aplicativos de namoro. Ele ressaltou que algumas fotos parecem boas demais para serem verdade e, em outros casos, características estranhas, como “pessoas” com seis dedos, podem revelar que estão lidando com uma inteligência artificial.
Com essas inovações, a World espera ajudar a tornar os encontros online mais seguros e autênticos, especialmente em um tempo em que a tecnologia e os relacionamentos estão se entrelaçando cada vez mais.