A empresa Elliott Management, que possui um fundo de investimentos de US$ 70 bilhões, expressou preocupações sobre a situação do mercado de criptomoedas. Em uma carta enviada às autoridades, a companhia alertou que o crescimento desenfreado das criptos pode levar a uma grande crise, cujos impactos ainda não conseguimos prever.
A carta critica a postura do governo dos Estados Unidos, que tem promovido a aceitação e o uso das criptomoedas. Para a Elliott Management, esse apoio do governo só aumenta a especulação no mercado, levando ao que chamam de uma “mania especulativa”. Os investidores, segundo a empresa, estão se comportando como apostadores em um evento esportivo, otimizando investimentos sem considerar os riscos implicados.
A situação atual do mercado é descrita pela Elliott como única. A empresa destaca que a popularidade do Bitcoin e de outras criptomoedas aumentou desde a posse do presidente Donald Trump, que nomeou líderes favoráveis à indústria e assinou ordens executivas que apoiam os ativos digitais. Desde o Dia da Eleição, o Bitcoin subiu 38%, e outras criptomoedas tiveram aumentos ainda maiores.
A carta também questiona a decisão do governo de explorar ativos alternativos que poderiam ameaçar o papel do dólar americano como a principal moeda de reserva mundial. De fato, outros países já estão buscando alternativas e tentando reduzir a dependência do dólar, o que gera ainda mais inquietação.
Além disso, a Elliott Management se opõe à ideia de que o governo americano deveria investir em Bitcoin como uma forma de proteção contra a inflação. Para eles, os ativos digitais têm “pouca substância” e a empresa está se preparando para um colapso inevitável do setor.
Enquanto isso, o otimismo em torno das criptomoedas cresce em Wall Street, com muitos investidores institucionais se interessando por esse mercado. Um exemplo disso é um relatório do Standard Chartered, que sugere que o Bitcoin pode alcançar um valor de US$ 200 mil até o final do ano, especialmente se políticas do governo Trump impulsionarem ainda mais a demanda.