Na última semana, o escritório DOGE da Casa Branca enviou um e-mail para os funcionários federais nos Estados Unidos, pedindo que relatassem as atividades que realizaram durante a semana anterior. O assunto do e-mail questionava: “O que você fez na semana passada?”. Os funcionários foram instruídos a responder com cerca de cinco tópicos sobre suas realizações e a incluir o gerente no despacho. O e-mail alertava ainda para não enviar informações classificadas, links ou anexos, e enfatizava que a resposta deveria ser enviada até a segunda-feira às 23h59 (horário da costa leste dos EUA).
Esse pedido gerou confusão e incerteza entre os trabalhadores, especialmente em um momento em que muitas atividades estão paralisadas devido a ordens de suspensão emitidas por autoridades superiores. Um funcionário do Departamento de Educação comentou que estava em total interrupção de atividades, já que todo o seu trabalho estava sendo revisado. Ele ponderou se deveria listar suas tarefas que estão sendo adiadas ou se deveria simplesmente não responder ao e-mail.
Além disso, outros funcionários expressaram frustração e desconforto com a mensagem, enfatizando que era difícil saber como responder a uma solicitação que vinha de fora de sua cadeia de comando. Alguns consideraram o pedido como uma forma de assédio, levantando a preocupação de que as respostas ou a falta delas poderiam desencadear demissões.
As ações do escritório DOGE estão alinhadas com as instruções do presidente Donald Trump, que incentivou uma redução agressiva do tamanho da burocracia federal. Desde o início de seu segundo mandato, cerca de 77 mil trabalhadores federais aceitaram ofertas de rescisão. O governo também demitiu vários funcionários em agências importantes, como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e o Escritório de Proteção Financeira do Consumidor.
Recentemente, o escritório DOGE anunciou ter economizado 55 bilhões de dólares em dinheiro dos contribuintes, principalmente por meio do cancelamento de contratos. A situação está em constante mudança e a Casa Branca ainda não se pronunciou sobre as reações dos funcionários ao e-mail enviado.
Essa situação levanta questões sobre a dinâmica de trabalho dentro do governo federal e como as ordens e demandas são recebidas pelos funcionários em um cenário de mudanças significativas e incertezas na administração.