Líderes evangélicos começaram a se manifestar contra as recentes decisões do presidente Donald Trump relacionadas à redução de verbas para a ajuda humanitária internacional. O governo Trump, em conjunto com Elon Musk, tem promovido esforços significativos para cortar custos, visando exclusivamente a diminuição do orçamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Após o Café da Manhã Nacional de Oração em Washington, um grupo de líderes religiosos, muitos dos quais fazem parte da comunidade evangélica que tradicionalmente apoia Trump, expressaram preocupação com as ações do presidente. Eles acreditam que as mudanças podem afetar programas essenciais que já estão funcionando e ajudando muitas vidas ao redor do mundo.
Galen Carey, vice-presidente da National Association of Evangelicals, destacou que, embora algumas áreas da ajuda internacional mereçam revisão e até mesmo cortes, essas ações podem ser feitas de maneira mais cuidadosa. Ele alertou que o fechamento abrupto de certos programas poderá resultar em desperdício de recursos. Por exemplo, suprimentos como alimentos e medicamentos podem ser perdidos ou deteriorados, já que, sem o apoio e a coordenação adequados, esses itens podem acabar sendo roubados ou mal utilizados.
A National Association of Evangelicals, que representa milhões de pessoas de mais de 40 denominações e trabalha em prol de causas sociais e políticas sem endossar políticos específicos, reforçou a necessidade de reformar áreas problemáticas sem desmantelar programas que trazem benefícios. Carey ressaltou que muitos desses programas são essenciais e que sua suspensão repentina pode causar uma crise financeira significativa para organizações que dependem do financiamento federal, levando a demissões e à interrupção de serviços.
Emily Chambers Sharpe, que lidera o setor de Saúde e Nutrição da World Relief, uma organização humanitária cristã, também comentou sobre as dificuldades enfrentadas recentemente devido a ordens de interrupção de trabalho. Para ela, essas medidas criaram desafios significativos para a continuidade das operações de ajuda.
Gabriel Salguero, presidente da National Latino Evangelical Coalition, entendeu que a ajuda internacional não só beneficia aqueles que a recebem, mas também se alinha com os interesses dos Estados Unidos em termos de segurança Nacional. Ele lembrou que programas como o PEPFAR, que combate a AIDS, são fundamentais para que o país mantenha uma imagem positiva no exterior e fortaleça seus laços com as nações que recebem essa assistência.
Por fim, os líderes evangélicos alertaram que a percepção positiva que outros países têm dos Estados Unidos pode ser comprometida se essas mudanças forem implementadas sem um pensamento cuidadoso. Ademais, eles pediram ao governo que repense suas prioridades, considerando que a ajuda eficaz ao redor do mundo também contribui para a segurança e a prosperidade nacional.