O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, está oferecendo uma possibilidade de indenização para os funcionários públicos que optarem por se desligar do trabalho presencial. Essa informação foi comunicada em uma carta enviada aos servidores na terça-feira.
De acordo com a carta, os empregados têm um prazo entre 28 de janeiro e 6 de fevereiro para decidir se aceitam essa proposta de rescisão. Aqueles que optarem por se afastar receberão salário e benefícios completos até 30 de setembro de 2025, independentemente da carga horária que costumavam cumprir. Também estão isentos de comparecer ao trabalho presencial durante esse período.
A proposta de rescisão se aplica a todos os funcionários federais em tempo integral, exceto aqueles que atuam nas Forças Armadas, no Serviço Postal dos Estados Unidos, em imigração e segurança nacional, além de outras funções que não foram incluídas no programa.
Na comunicação, o governo mencionou que uma ordem recente de Trump resultará em reformas significativas no serviço público, com foco em quatro pilares: retorno ao trabalho presencial, cultura de desempenho, força de trabalho mais ágil e flexível, além de padrões elevados de conduta.
O memorando ainda ressaltou que, para os que decidirem permanecer em suas funções, não há garantia de que seus cargos ou departamentos não serão eliminados.
Desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro, Trump implementou várias ordens executivas que afetam o serviço público. Essas mudanças visam eliminar desperdícios governamentais, determinadas pela recém-criada iniciativa chamada Departamento de Eficiência Governamental, liderada por Elon Musk.
Essa abordagem inclui uma determinação para que os funcionários retornem ao escritório, e uma mudança nas iniciativas de diversidade e inclusão, com ordenação de licença para funcionários que atuavam focalizando essas ações.
Em uma coluna de opinião publicada em um periódico, Musk e seu parceiro de co-liderança, Vivek Ramaswamy, afirmaram que a exigência de retorno ao trabalho presencial pode resultar em uma grande quantidade de desligamentos voluntários, os quais consideram algo positivo. Eles argumentaram que, se os servidores não desejam trabalhar, os contribuintes americanos não devem arcar com o custo de suas ausências.
Recentemente, o senador Tim Kaine, um democrata do estado da Virgínia, expressou que a presidente não possui a autoridade necessária para oferecer essa opção de rescisão e aconselhou os funcionários a não aceitarem a proposta. Ele ressaltou que não existem recursos orçamentários disponíveis para pagar a funcionários que não estiverem trabalhando.