O governo dos Estados Unidos está passando por uma grande reformulação na sua equipe de trabalhadores federais. Recentemente, a administração lançou uma proposta que oferece aos funcionários duas opções: aceitar um pagamento para deixar o cargo ou se comprometer a atender a novas exigências de trabalho, que incluem uma presença constante no escritório e um desempenho que “excede as expectativas”.
Essa mudança ocorre em um momento em que a dívida do governo americano cresceu significativamente, somando mais de 35 trilhões de dólares, e os pagamentos de juros anuais ultrapassam a marca de 1 trilhão de dólares. A pressão para controlar as despesas governamentais tem sido um fator crucial para essa nova abordagem.
A reforma é semelhante a uma ação de Elon Musk em 2022, quando ele assumiu a gestão do Twitter, agora chamado de X. Naquele período, Musk também enviou um e-mail aos funcionários exigindo um compromisso com um ambiente de trabalho “extremamente rigoroso” ou a opção de se demitir. Tanto o governo americano quanto Musk enfatizaram a importância de uma força de trabalho mais enxuta e produtiva.
O Escritório de Pessoal dos EUA está encarregado de enviar as comunicações sobre essas mudanças aos funcionários federais e promete recompensar aqueles que se destacarem, ao mesmo tempo que planeja demitir os que não se saírem bem. Essa estratégia é inspirada na abordagem de Musk, que resultou em cortes significativos na equipe do Twitter, onde cerca de 80% dos funcionários foram desligados.
Além disso, o plano do governo mostra que, exceto nas áreas de defesa e segurança, a maioria dos departamentos federais verá uma redução nos quadros de funcionários, o que pode incluir demissões e reclassificações de cargos. A proposta inclui aumentar os padrões de confiabilidade e lealdade exigidos dos trabalhadores, o que pode diminuir as proteções que esses funcionários tinham antes.
As mudanças trazem preocupações sobre as possíveis consequências. O governo federal conta com aproximadamente 2,3 milhões de funcionários. Cortes em massa de empregos ou perda significativa de pessoal podem impactar serviços essenciais, como o processamento de benefícios de aposentadoria e a resposta a desastres. Apesar dos riscos, a administração argumenta que essas medidas são necessárias para controlar a crescente dívida nacional e melhorar a eficiência.
Com a dívida federal em alta e a necessidade de cortes de gastos cientes, o governo busca alternativas para reduzir custos, especialmente enquanto discute possíveis cortes de impostos. Essa estratégia de eficiência já gerou confusão entre algumas agências, que relatam desordem devido às novas diretrizes.
No caso do Twitter, após as demissões em massa, houve momentos de instabilidade, mas, surpreendentemente, a plataforma manteve suas operações em funcionamento. O governo americano, por sua vez, enfrenta um desafio monumental ao tentar garantir que a reestruturação não comprometa as funções vitais que servem a população.