O governo da Nova Zelândia anunciou mudanças nas regras do visto conhecido como “golden visa” para atrair mais investidores estrangeiros. A ideia é facilitar a entrada de pessoas dispostas a trazer capital e habilidades para o país. A ministra da Imigração, Erica Stanford, afirmou que o novo visto, chamado de Active Investor Plus (AIP), será “mais simples e flexível”.
As alterações vão entrar em vigor a partir de 1º de abril e introduzirão duas novas categorias de investimento: “Crescimento” e “Equilibrado”. A categoria “Crescimento” é direcionada àqueles que desejam fazer investimentos de maior risco, como aplicações em empresas locais. Para essa categoria, será necessário um investimento mínimo de 5 milhões de dólares neozelandeses, o equivalente a cerca de 2,8 milhões de dólares americanos, com um prazo de permanência de pelo menos três anos.
Já a categoria “Equilibrado” será focada em investimentos variados e exigirá um valor mínimo de 10 milhões de dólares neozelandeses, ou aproximadamente 5,7 milhões de dólares americanos, com um plano de investimento por cinco anos.
Além dessas novidades, também não será mais necessário comprovar conhecimento da língua inglesa para solicitar o visto. Erica Stanford destacou que essas mudanças têm como objetivo tornar a Nova Zelândia mais atraente para investidores de alto valor, o que pode impulsionar o crescimento econômico do país e trazer um futuro melhor para os neozelandeses.
A ministra da Economia, Nicola Willis, reforçou a importância de atrair esses investidores, dizendo que o país deve se abrir para eles e encorajá-los a escolher a Nova Zelândia como destino para aplicar seus recursos.
Nos últimos anos, a economia da Nova Zelândia enfrentou dificuldades, com uma recessão técnica no terceiro trimestre de 2024 e aumento do desemprego. Dados de janeiro indicaram que o país teve uma das maiores quedas na produção econômica entre as nações desenvolvidas.
Essa não é a primeira vez que a Nova Zelândia ajusta suas políticas de visto na tentativa de reerguer sua economia. Em janeiro, foi anunciada uma nova iniciativa para permitir que turistas trabalhem remotamente enquanto conhecem o país, visando atrair “nômades digitais” que podem contribuir para a economia local enquanto viajam.
Essas ações refletem um esforço do governo neozelandês para revitalizar sua economia e tornar o país uma opção mais atrativa para investidores e trabalhadores qualificados do exterior.