O governo dos Estados Unidos anunciou que alguns produtos tecnológicos importantes, como smartphones, computadores e equipamentos para fabricação de chips, ficarão isentos das tarifas que haviam sido impostas pelo presidente Donald Trump. A informação foi divulgada na noite de sexta-feira pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, que publicou uma lista de isenções.
Essas isenções significam que os produtos evitarão a tarifa padrão de 10% que se aplica à maioria dos países, além de uma tarifa específica de 145% que foi direcionada à China. Essa decisão traz alívio para a indústria de tecnologia dos Estados Unidos, que, nas últimas semanas, enfrentou um cenário de muita incerteza e volatilidade nos mercados financeiros devido ao aumento das tensões comerciais entre os EUA e a China.
Grandes empresas de tecnologia, especialmente a Apple, que tem uma forte conexão com o mercado chinês e investiu anos na construção de sua cadeia de suprimentos para o iPhone, veem essa notícia de forma positiva. Especialistas do mercado financeiro, como Dan Ives, analista de Wall Street, consideraram a isenção uma “notícia maravilhosa” para o setor, afirmando que o movimento foi oportuno e benéfico para os mercados e ações de tecnologia.
Outro investidor, Matt Turck, parceiro da firma de capital de risco FirstMark Capital, disse que as isenções são um alívio significativo para as indústrias de tecnologia e inteligência artificial. Ele também comentou que essa decisão faz sentido em um momento em que as escolhas do governo parecem confusas e contraditórias.
Apesar das boas notícias, a indústria de tecnologia ainda enfrenta incertezas. De acordo com o governo, o presidente Trump planeja ainda estabelecer tarifas sobre certos produtos tecnológicos no futuro. Além disso, há um estudo em andamento para avaliar o impacto das importações no setor de semicondutores, que poderá definir novas tarifas sobre essa tecnologia crucial.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, destacou que Trump acredita que os Estados Unidos não podem depender da China para a produção de tecnologias essenciais, como semicondutores e smartphones. Para combater essa dependência, o governo pretende estimular investimentos significativos em tecnologia dentro dos EUA, com empresas como Apple, TSMC e Nvidia sendo incentivadas a trazer suas operações de volta para o país.