Atualmente, o termo "masculinidade tóxica" tem sido bastante comentado, mas muitas pessoas ainda não entendem completamente o seu significado. Essa expressão se refere a um conjunto de crenças que promove uma visão negativa do que significa ser homem, geralmente envolvendo ideias de que os homens devem ser fortes, não demonstrar emoções e ocupar posições de poder.
Como pai de dois meninos, de 12 e 7 anos, o autor da reflexão começa a reconsiderar suas próprias ideias sobre a masculinidade. Após pesquisas, ele identificou três crenças centrais da masculinidade tóxica:
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Homens devem ser fisicamente fortes e durões: O primeiro ponto aborda a ideia de que a força física é fundamental para a masculinidade. Apesar de seus filhos serem fisicamente ativos e fortes, o pai decide enfatizar a importância da perseverança e da resiliência. Ele acredita que a verdadeira força está em continuar avançando, mesmo diante de dificuldades. Uma situação recente, quando ele perdeu o emprego, serviu como um exemplo para mostrar aos filhos que é possível enfrentar desafios sem mostrar raiva ou desespero.
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Homens não devem demonstrar emoções: O segundo ponto discute como os meninos expressam emoções livremente—desde alegria até frustração. O pai e sua parceira criaram um ambiente seguro onde os filhos podem sentir e expressar suas emoções sem sentir vergonha. Ao apoiar essa abertura emocional, eles garantem que as crianças possam aprender a lidar com seus sentimentos de maneira saudável, mesmo que isso às vezes leve os pais a esquecerem que os meninos ainda são pequenos e estão em processo de aprendizado sobre suas reações.
- Homens precisam exercer poder: Esse é o aspecto que mais preocupa o pai. Ele teve experiências profissionais com homens influentes que, muitas vezes, usaram seu poder de maneira negativa. Para evitar que seus filhos desenvolvam um desejo de controle e dominação, ele introduz práticas de igualdade em casa. Em vez de relegar tarefas domésticas apenas à mãe, ele divide as responsabilidades da casa, como lavar roupas e cuidar do jardim. Os filhos estão começando a compreender a importância do trabalho no lar e já são capazes de fazer algumas atividades, como preparar o almoço e limpar a casa. Além disso, ele utiliza exemplos de mulheres fortes em suas vidas, como a esposa, que é professora, e a avó, que foi enfermeira e enfrentou discriminação de gênero.
O pai reconhece que, embora esteja fazendo um bom trabalho em casa, ainda há muitos desafios, principalmente devido à influência da masculinidade tóxica nas redes sociais. No entanto, ele acredita que está no caminho certo, construindo um ambiente onde seus filhos podem crescer e se desenvolver de maneira saudável e equilibrada.