O CEO da maior gestora de ativos do mundo, Larry Fink, afirmou que acredita que a economia já está em recessão. Durante uma entrevista ao Economic Club de Nova York, ele disse que muitos executivos com quem conversou compartilham dessa visão. Para eles, “provavelmente estamos em uma recessão agora”.
Fink destacou um comentário de um CEO de uma companhia aérea, que comparou a situação da indústria a um “canário na mina de carvão”. Isso significa que a saúde do setor aéreo é um importante indicador econômico. Ele mencionou que a demanda por viagens tem diminuído, o que pode ser um sinal de problemas maiores na economia.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas que resultaram em uma significativa perda de valor no mercado de ações, o que gerou preocupação entre os investidores. Trump não indicou que irá reverter essas tarifas, mesmo diante dos impactos negativos que elas têm causado.
Durante a entrevista, Fink expressou sua preocupação com a inflação, especialmente se todas as tarifas propostas forem implementadas de uma vez. Ele observou que isso tornaria difícil para o Federal Reserve, o banco central americano, reduzir as taxas de juro. Fink acredita que a chance de várias reduções de juros é “zero” e que a inflação elevada pode fazer com que as taxas subam.
Embora ele preveja que o mercado possa cair mais 20%, Fink sugeriu que essas condições podem ser mais favoráveis para compra de ações a longo prazo, em vez de venda, uma vez que não há riscos sistêmicos significativos no sistema financeiro.
A longo prazo, Fink acredita que Trump devera se concentrar em uma agenda de crescimento, como desregulamentação e cortes de impostos, áreas que ele considera não recebendo a devida atenção do mercado. Ele também destacou a importância de investir na infraestrutura dos Estados Unidos, especialmente em tecnologias como a inteligência artificial. Segundo ele, essa necessidade continua tão presente como estava há três meses, e ainda existem grandes tendências a serem exploradas nesse campo.
