Mike King é proprietário de um negócio que opera com máquinas de venda automática e micro-mercados, com sede em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Ele começou sua trajetória comprando máquinas de gomas de mascar enquanto estava na faculdade e, com o tempo, expandiu seu empreendimento para incluir máquinas de lanches e bebidas. Motivado por um conhecido que o incentivou a entrar no ramo de forma mais significativa, Mike investiu em máquinas maiores e, eventualmente, aprendeu sobre micro-mercados, que são pequenos estabelecimentos sem funcionários, onde os clientes podem pegar produtos e pagar de forma autônoma. Atualmente, ele gerencia cerca de 350 desses micro-mercados.
Quando Mike decidiu fabricar as caixas que abrigam os sistemas de ponto de venda de seus micro-mercados, ele inicialmente pensou em produzir nos Estados Unidos, perto de sua localização ou em cidades industriais como Detroit. Porém, teve dificuldade em se comunicar e negociar com as empresas americanas, o que o levou a optar por fabricantes chineses.
Recentemente, o governo dos EUA implementou tarifas sobre o aço, com 25% de imposto sobre o aço importado e 20% sobre produtos da China. Mike ficou incerto se isso aumentaria seus custos a ponto de tornar a produção nacional mais interessante. Ele fez as contas e chegou à conclusão de que mesmo com as tarifas, os preços ainda seriam mais baixos se ele continuasse a comprar da China.
Por exemplo, ele paga cerca de 250 dólares por caixa vinda da China. Com uma tarifa de 70%, esse custo subiria para aproximadamente 425 dólares, e, após transporte e tarifas de importação, o valor final poderia ultrapassar 800 dólares. Em comparação, produzir as mesmas caixas nos Estados Unidos custaria entre 1.000 e 1.200 dólares, deixando a opção chinesa ainda mais atrativa, não apenas pelo preço, mas também pela facilidade logística.
Mike observa que a China se preparou para ser um grande centro de fabricação, desenvolvendo uma infraestrutura robusta. Ele aponta que, ao trabalhar com fabricantes chineses, todos os processos, desde a confecção das caixas até a embalagem personalizadas, são bem organizados e realizados em sequência, o que facilita o seu trabalho. Se tentasse fazer algo similar nos EUA, enfrentaria muitos desafios, como a necessidade de contratar diferentes empresas para cada etapa do processo.
Ele também notou que os fabricantes americanos costumam impor mais dificuldades quanto a mudanças de design, o que não ocorre com os chineses, que, segundo ele, prontamente apresentam soluções para ajustes necessários. Mike conclui que, apesar das tarifas, a logística nos EUA é complexa e contribui para custos e complicações que ele prefere evitar. Assim, a sua escolha continua a ser por fornecedores na China, devido à combinação de preços mais acessíveis e processos mais simplificados.