Na quinta-feira, promotores federais de Manhattan divulgaram uma nova acusação de tráfico sexual contra Sean “Diddy” Combs. Essa atualização da acusação não inclui novas acusações, mas menciona duas vítimas adicionais, que não foram identificadas. Os promotores solicitaram que Combs seja formalmente apresentado a essas novas alegações no dia 17 de março.
Sean Combs já havia sido acusado anteriormente e se declarou inocente, afirmando que qualquer relação sexual com as supostas vítimas foi consensual. O julgamento está agendado para o dia 5 de maio, e os promotores informaram que essa nova acusação não deve atrasar o cronograma do processo.
Desde outubro, após a prisão de Combs, os procuradores já tinham sinalizado que poderiam apresentar novas informações no caso, mencionando a possibilidade de investigações relacionadas a armas e drogas, além de novas vítimas. Contudo, a nova acusação não traz menção sobre drogas ou armas, e mantém praticamente as mesmas alegações da acusação original.
A acusação revisada afirma que Combs teria traficado uma segunda e uma terceira vítima, além de mencionar um pagamento de suborno de US$ 100.000 a um funcionário de segurança do hotel InterContinental em Los Angeles, em 2016. Esse pagamento teria sido feito para garantir que o funcionário entregasse um vídeo de vigilância que mostrava Combs arrastando sua ex-namorada, Cassie Ventura, pelo corredor do hotel.
Além disso, a nova acusação lista dois tipos adicionais de drogas que, segundo os promotores, teriam sido utilizadas no esquema de tráfico: um psicodélico e metanfetamina. Mas ainda são mencionadas drogas como ecstasy, ketamina e GHB, que constavam na denúncia anterior.
A nova acusação também sugere que o suposto esquema de tráfico sexual teria começado em 2004, em vez de 2008, como alegado anteriormente. Quanto à apreensão de drogas durante a prisão de Combs, a nova acusação não menciona a quantidade de uma substância em pó encontrada em seu quarto de hotel.
Além disso, não foram feitas novas acusações relacionadas a armas, mesmo depois que fiscais afirmaram ter apreendido três rifles AR-15 com numeração raspada, e munições em uma das residências de Combs. A defesa havia argumentado que as armas pertenciam a seguranças do artista. Os promotores, por sua vez, questionaram a credibilidade dessa defesa, apontando a falta de explicações plausíveis para a presença de armas de fogo com numeração apagada em um local pessoal de Combs.