A família de Donald Trump está conversando sobre a possibilidade de adquirir uma participação no Binance, que é a maior corretora de criptomoedas do mundo. Essas discussões começaram no ano passado, quando a Binance se ofereceu a aliados de Trump um negócio em troca da permissão para retomar suas operações nos Estados Unidos.
Atualmente, apesar de o Binance ter uma operação limitada no país, sua principal atuação se dá no exterior, e a empresa tem enfrentado problemas legais, incluindo a violação de normas de combate à lavagem de dinheiro. Em um acordo recente, a Binance pagou 4,3 bilhões de dólares para resolver alegações nos Estados Unidos, relacionadas à facilitação de transações com grupos que estão sob sanções do governo americano.
O fundador da Binance, Changpeng Zhao, conhecido como CZ no meio das criptomoedas, também tem buscado um perdão da administração Trump. No entanto, não está claro se o sucesso nas negociações de investimento da família Trump está ligado a esse perdão. Em 2023, Zhao foi obrigado a se afastar da liderança da empresa por conta do acordo de conformidade, mas ainda mantém a maior parte das ações.
As conversas entre a família Trump e a Binance estão sendo intermediadas por Steve Witkoff, que é um amigo da família e atua como embaixador especial no Oriente Médio. Embora Witkoff e seus filhos sejam cofundadores de um projeto de criptomoedas chamado World Liberty, ele se afastou formalmente da empresa.
Ainda não se sabe ao certo qual seria a estrutura de um possível acordo. A família Trump pode optar por adquirir uma participação diretamente na Binance ou por meio de sua conexão com o World Liberty. O ex-presidente Trump já demonstrou seu interesse no setor de criptomoedas durante suas campanhas, promovendo uma postura favorável ao mercado e até lançando uma moeda digital em janeiro.
As discussões sobre o potencial investimento estão em andamento desde a posse de Trump, que ocorreu em janeiro de 2017, e a evolução desse relacionamento poderá ter um impacto significativo tanto nas criptomoedas quanto na política econômica dos Estados Unidos.
